Ministério do Planejamento está entre Lara
Resende, Simone Tebet e Reginaldo Lopes.
O comando do futuro Ministério do Planejamento
e Orçamento é alvo de disputa desde o anúncio da vitória do presidente Lula
(PT). O confronto está entre o economista André Lara Resende, a senadora Simone
Tebet (MDB-MS) e o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG).
A decisão envolve uma série de questões
políticas e corre o risco de frustrar, de acordo com o Estadão, as expectativas
de uma equipe econômica plural. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
manifestava nos bastidores o apoio de ter alguém “não petista” no ministério do
Planejamento. Nesse contexto, o nome de Lara Resende ganhou destaque, no
entanto o ex-Banco Central, Pérsio Arida, sinalizou negativamente para o nome.
Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Haddad tentam fazê-lo mudar de ideia.
Segundo o Estadão, a resistência de Lara
Resende levou Lula a cogitar Simone Tebet para a vaga, cenário que se tornou
uma possibilidade concreta após o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) ser
nomeado no Ministério do Desenvolvimento Social. O plano inicial do Partido dos
Trabalhadores para Tebet era o Ministério do Meio Ambiente, no entanto, esse
deve ficar com a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP).
Sem Lara Resende nem Simone Tebet, de fato,
toparem o Planejamento, o cargo deve ser entregue a Reginaldo Lopes, como
apontou o texto do Estadão na sexta-feira (23). O economista de formação Lopes,
foi um dos negociadores da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição
na Câmara e teve a articulação elogiada pela cúpula petista. Ele tentou assumir
o Ministério da Educação, mas não conseguiu, o senador Camilo Santana (PT-CE)
foi nomeado para o MEC.
Se Lula de fato colocar Lopes para tocar o
Planejamento, haverá uma trinca petista na economia: Haddad, Lopes e Esther. Só
o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) ficaria nas mãos
de alguém mais ao centro, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.
Outra opção para o órgão foi o senador eleito
Renan Filho (MDB-AL), que sinalizou positivamente, mas acabou boicotado pelo
próprio partido, que queria uma pasta mais política. O parlamentar deverá
assumir o Ministério dos Transportes.
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