José Acácio Serere Xavante foi preso na
segunda-feira, acusado de envolvimento em atos antidemocráticos.
O indígena José Acácio Serere Xavante, acusado de envolvimento em atos antidemocráticos, vai continuar preso. A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada nesta terça-feira (13) conduzida por um juiz que atua no gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
A audiência de custódia é um procedimento previsto na legislação processual penal, em que a Justiça analisa, entre outros pontos, se a prisão foi regular.
A prisão de Xavante foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República. A decisão do ministro fixava prazo de 10 dias para a detenção e teve como base a necessidade de garantia da ordem pública, diante dos indícios, nos autos, da prática dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, delitos previstos no Código Penal.
A prisão do indígena levou bolsonaristas radicais a realizarem, nesta segunda-feira (12), uma série de ataques a bens públicos e privados. Foram realizados atos de vandalismo contra carros e ônibus, que foram incendiados. A Polícia Militar entrou em confronto com os bolsonaristas, e um shopping teve de ser fechado por causa da ação.
Os ataques começaram a partir da tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, na região central de Brasília, por volta das 19h30. De lá, vândalos atacaram áreas do Setor Hoteleiro Norte, uma delegacia, além de veículos na região.
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