Entidade avalia que injeção de recursos do 13º
será menor pois consumidor tenderá a priorizar pagamento de dívidas.
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou para baixo a estimativa para o comportamento do volume de vendas este ano. A expectativa continua sendo positiva, mas passou de crescimento de 1,3% para 1,1%. Na avaliação da entidade, o aumento de vendas de 0,4% em outubro – conforme divulgado nesta quinta-feira (8) pelo IBGE – está em linha com o que já era esperado pelo setor.
A CNC projeta que a injeção de recursos na economia resultante do pagamento do 13º salário (cerca de R$ 250 bilhões) terá impacto menor este ano. Segundo estudo da CNC, 38% do total da segunda parcela do 13º deve ir para o abatimento de dívidas. Os gastos com consumo de bens aparece na segunda posição da escala de prioridade (33%), seguida de gastos com serviços (17%) e poupança (12%).
“A escalada dos juros ao consumidor e o comprometimento médio da renda familiar são as principais causas para que os consumidores utilizem o benefício para quitação ou abatimento de dívidas”, explica o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes.
Segundo o presidente da confederação, José Roberto Tadros, a desaceleração no crescimento das vendas também foi causado pela redução do nível de trabalho e a retomada do reajuste de preços. Após três meses de deflação, o IPCA voltou a registrar alta, em outubro, de 0,59%.
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