A Polícia Federal (PF) deflagrou no mês passado
a segunda fase da Operação Bezerro de Ouro. O objetivo foi reprimir garimpo
ilegal de ouro no interior da terra indígena Munduruku, no Pará. Segundo a PF,
a ação está no contexto da Operação Verde Brasil 2 – um conjunto de atividades
focadas na proteção e preservação da Amazônia e demais biomas, bem como das
terras indígenas.
Por três dias seguidos, sexta (25), sábado (26) e domingo (27), a PF partiu de helicóptero para três grandes áreas de garimpo mapeadas dentro da terra indígena Munduruku. Ao final foram inutilizados 20 maquinários de garimpos entre pá carregadeiras, tratores e outros. A PF estima dano de ambiental de aproximadamente de R$ 8 milhões, referente ao período de seis meses.
Participaram da operação cerca de 30 policiais federais. A operação também contou com apoio logístico da Força Aérea Brasileira e do Exército. Houve ainda participação de equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em fiscalizações no interior da terra indígena.
As investigações foram realizadas com o auxílio do sistema de monitoramento remoto contratado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, o programa Brasil Mais, que possibilita o acesso a imagens de alta resolução e alertas diários de detecção de mudanças ambientais com acompanhamento por satélite. Segundo a Polícia Federal, o sistema permitiu a rápida localização das áreas de exploração ilegal.
A PF esclarece que a legislação brasileira não permite a obtenção de lavras garimpeiras dentro de áreas demarcadas como terra indígena.
Bezerro de Ouro
No dia 6 de agosto, a Polícia Federal deflagrou
a primeira fase da Operação Bezerro de Ouro, cumprindo seis mandados de busca e
apreensão e sequestro de bens contra um grupo apontado como um dos principais
atuantes no garimpo ilegal na região.
Edição: Kelly Oliveira da Agência Brasil
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