Sem alarde, sob a Lua minguante do início de
setembro, começou no Rio de Janeiro uma nova frente de combate à Covid-19.
Cobertos da cabeça aos pés por EPIs, cientistas da Fiocruz entraram numa
floresta do Maciço da Pedra Branca, em Jacarepaguá, com um objetivo: capturar
morcegos. De acordo com o jornal o Globo, o interesse se explica: acredita-se
que um vírus de morcego deu origem ao Sars-CoV-2.
Ainda se sabe pouco sobre isso, e uma maneira de aprender é descobrir se os morcegos da Mata Atlântica foram infectados. Além disso, o grupo da Fiocruz também tenta identificar e, claro, prevenir o alastramento de outros vírus com potencial de causar pandemias.
Alinhado com estudos mundiais em curso da África à Ásia, o projeto é liderado pela Fiocruz Mata Atlântica em colaboração com os laboratórios do Instituto Oswaldo Cruz e tem o apoio da fundação de fomento à pesquisa do estado, a Faperj. O estudo, que inclui outros animais, combina investigação em laboratório com trabalho de campo.
Este impõe a necessidade de se locomover pela mata de avental, máscara, face shield e lanterna de cabeça. No Rio, se acrescenta a dificuldade do calor, intenso mesmo numa noite de fim de inverno. Mais de 200 tipos de coronavírus já foram descobertos em morcegos no mundo todo.
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