quarta-feira, 24 de abril de 2024

Líder da oposição solicita lista de presentes recebidos por Lula e Janja em viagens

 


O parlamentar argumenta que a situação dos 231 itens recebidos pelo casal do primeiro dia do mandato até 2 de maio de 2023 "gera controvérsias"

O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara dos Deputados, fez um requerimento para ter acesso à lista de presentes recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva (PT) durante as viagens realizadas pelo casal. O requerimento de acesso aos dados solicita ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), além da lista detalhada de presentes recebidos entre o início do mandato de Lula e o dia 16 de abril de 2024, informações sobre o encaminhamento dado aos itens e os valores gastos com alimentação durante as viagens do presidente.

O parlamentar argumenta que a situação dos 231 itens recebidos pelo casal do primeiro dia do mandato até 2 de maio de 2023, revelados pelo Estadão, “gera controvérsias”. A Secretaria-Geral da Presidência ainda não se manifestou. Segundo Barros, as “mais de 15 viagens” de Lula não proporcionaram “efeitos positivos para o Brasil até o momento”, o que justifica o pedido de “fiscalização” que tem como objetivo o “esclarecimento da situação”. Ainda, o deputado menciona a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de auditar o recebimento dos bens dados a Lula em 2023, antes do fim da gestão do mandatário.

Os presentes recebidos pelo presidente são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica, que faz parte do gabinete da Presidência. Em junho de 2023, o órgão admitiu que a lista contendo os bens dados a Lula, sendo 63 deles internacionais, poderia estar incompleta. Presentes do ex-presidente Bolsonaro – No caso das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o país, diversos servidores foram mobilizados para impedir justamente esta etapa do cadastro.

O colar, anel, relógio e o par de brincos de diamantes avaliados em R$ 16,5 milhões eram um presente do príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud, e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos quando Bolsonaro e a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, voltaram da viagem. O caso gerou tanto impacto que, em junho do ano passado, Janja e Lula cancelaram um jantar com o príncipe em Paris para evitar a má repercussão causada pelo encontro.

‘Não acho que a gente tenha um problema com o Congresso Nacional’, diz Lula

 


Presidente da República afirma que tem uma boa relação com o Congresso e que as divergências são normais na política

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), negou nesta terça-feira(23) que tenha algum problema com o Congresso Nacional. Desde o começo do terceiro mandato de Lula, parlamentares da base e da oposição criticam a relação do Governo com o Congresso. No entanto, o chefe do Palácio do Planalto reitera que não tem nenhum problema.

Em uma postagem no X (antigo Twitter), o petista afirma que uma das provas da boa relação com o Congresso, foi a aprovação da PEC da Transição e acrescentou que tem uma boa relação com o Congresso e que as divergências são normais na política.



Reinaldo Oliveira

Câmara gastou R$ 104 mil com viagem de bolsonaristas para evento em Bruxelas

 


De acordo com os dados disponíveis no site da Câmara, o valor foi gasto com passagens aéreas e diárias

A Câmara de Deputados gastou R$ 104 mil para financiar a viagem de seis deputados bolsonaristas a encontros da direita no Parlamento Europeu em Bruxelas, capital da Bélgica, entre os dias 8 e 14 deste mês. De acordo com os dados disponíveis no site da Câmara, o valor foi gasto com passagens aéreas e diárias. Entre os deputados que receberam a ajuda de custo estão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Julia Zanatta (PL-SC), Gustavo Gayer (PL-GO) e Marcos Pollon (PL-MS).

Nos eventos, registrados nas redes sociais, os congressistas fazem críticas a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Justificativa para os gastos – A justificativa para a missão oficial dos deputados foi registrada como “reunião de grupo de parlamentares europeus e latino-americanos, entre outras atividades no Parlamento Europeu”. Procurada sobre as despesas custeadas, a Câmara dos Deputados não retornou.

Pelo Regimento Interno da Casa, os deputados podem solicitar a autorização para Missão Oficial Internacional com ou sem ônus para a Câmara dos Deputados. As autorizações passam pela Presidência da Câmara. Podem ser bancadas passagens e diárias, que têm valor fixo: US$ 391 para missões na América do Sul e US$ 428 para demais países. Posicionamento dos deputados – A deputada Bia Kicis afirmou que os gastos são “decorrentes de missão oficial e cumprem os requisitos da Câmara dos Deputados”. Sobre os gastos e as atividades realizadas na viagem, a deputada Julia Zanatta afirmou: “Tem coisas que não têm preço, têm valor e uma delas é a defesa da democracia”.

A planilha aponta um custo de R$ 11.140,86 com compra de passagens para Marcel van Hattem (Novo-RS), mas o deputado não viajou. A assessoria do parlamentar disse que o reembolso foi solicitado pelo parlamentar ainda antes da partida do voo. “O deputado não participou desta missão. A passagem foi emitida em tarifa full, como o deputado sempre costuma fazer, para que seja feito reembolso integral do valor em caso de imprevisto”, informa. Os demais parlamentares ainda não retornaram.

 

Veja o detalhamentos dos gastos descritos no o site da Câmara:

 

Bia Kicis: R$ 15.953,62 em passagens e R$ 9.938,16 em diárias;

Eduardo Bolsonaro: R$ 15.935,06 em passagens e R$ 10.015,20 em diárias;

Gustavo Gayer: R$ 9.938,16 em diárias;

Julia Zanatta: R$ 11.912,82 em passagens e R$ 9.938,16 em diárias;

Marcel van Hattem: R$ 11.140,86 em passagens (viagem foi cancelada);

Marcos Pollon: R$ 9.938,16 em diárias.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Sistema de pagamentos do governo é invadido, e PF suspeita de desvio de recursos

 


A Polícia Federal investiga o caso e atua no rastreio dos suspeitos com apoio da Abin

O sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, utilizado para pagamentos, foi invadido neste mês. De acordo com a Polícia Federal, há suspeita de que os autores do ataque conseguiram emitir ordens bancárias e desviar recursos da União. A PF investiga o caso e atua no rastreio dos suspeitos com apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo interlocutores que auxiliam nas investigações, o sistema de autenticação de usuários sofreu um ataque, e gestores habilitados para fazer movimentações financeiras tiveram seus acessos utilizados por terceiros sem autorização. As apurações indicam que os invasores conseguiram acessar o Siafi utilizando o CPF e a senha do gov.br usada pelos gestores e ordenadores de despesas para utilizar a plataforma de pagamentos. A suspeita é que os invasores coletaram os dados sem autorização via sistema de pesca de senhas (com uso de links maliciosos, por exemplo). Uma das hipóteses é que essa coleta se estendeu por meses até os suspeitos reunirem um volume considerável de senhas para levar a cabo o ataque.

Outros artifícios também podem ter sido empregados pelos invasores. A plataforma tem um mecanismo que permite desabilitar e recriar o acesso a partir do CPF do usuário, o que pode ter viabilizado o uso indevido do sistema. De acordo com as apurações preliminares, uma das tentativas de invasão se deu no início de abril por meio do uso não autorizado de acessos pertencentes a gestores da Câmara dos Deputados.

A fraude foi detectada porque o CPF do gestor utilizado para tentar emitir uma ordem bancária por meio do Pix (OB Pix) era o mesmo de quem fez a liquidação da despesa. Nas regras de administração financeira federal, a liquidação e o pagamento precisam ser autorizados por gestores distintos. Além disso, apesar da possibilidade, a Câmara não adota como procedimento a execução de pagamentos via Pix. Na ocasião, outro fator que dificultou a ação dos invasores foi o fato de que a OB Pix já estava desabilitada. Segundo os relatos, outra unidade gestora já havia sido alvo do mesmo tipo de ataque.

Barroso diz que legalização de drogas leves é tendência mundial

 


Barroso diz que legalização de drogas leves é tendência mundial

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (22) em palestra na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que no mundo democrático existem duas posturas possíveis para a questão das drogas ilícitas: uma, a da repressão, e outra, que vem ganhando corpo em todo o mundo, que é a da legalização das drogas mais leves. Segundo ele, a segunda acontece pela constatação de que a guerra contra as drogas fracassou e o modelo repressivo não conseguiu diminuir o poder do tráfico nem o consumo.

“A discussão que está no Supremo é a quantidade. A legislação brasileira não pune com prisão o usuário de drogas, o que faz muito bem, porque punir o usuário é um equívoco completo. Se ele estiver fora de controle, você vai tratar como dependente químico. Colocá-lo na cadeia é colocar mais um agente para o crime organizado. Nada, na minha visão, justificaria a prisão pelo porte pessoal para consumo. E o legislador acabou com a prisão do porte pessoal para o consumo, mas manteve a criminalização do tráfico”, disse.

Ele observou que se um jovem for pego com 40 gramas de maconha na zona sul do Rio de Janeiro, por exemplo, é considerado um portador para consumo próprio; porém se o outro jovem, geralmente negro, for pego com a mesma quantidade na periferia do Rio de Janeiro, é preso como traficante. “Portanto, a mesma quantidade é tratada com pesos diferentes pela polícia, e o que o Supremo está discutindo não é descriminalização, não é a não prisão, porque isso já foi decidido. O que o Supremo está decidindo é qual a quantidade que vai distinguir traficante de usuário para que essa escolha não seja feita pela polícia por critérios discriminatórios”, explicou.

Outra questão abordada na palestra é a das uniões homossexuais. Para Barroso, a homossexualidade é um fato da vida que gera consequências jurídicas. “A ordem jurídica não dispunha sobre as relações entre pessoas homossexuais, que eu prefiro chamar de relações homoafetivas, porque uma relação de projeto de vida não é puramente sexual e no projeto afetivo existem as reuniões homoafetivas”, disse.

Nesse caso, segundo Barroso, era necessário definir quem tem o direito de herdar o que é construído ao longo de uma relação, se é a família de sangue ou é o companheiro ou companheira com quem a pessoa viveu por anos. “Alguém tinha que decidir isso, e o Supremo decidiu, na minha opinião, com acerto, que deve tratar como você trata as uniões estáveis convencionais. São os mesmos direitos sucessórios, previdenciários. Eu tenho o maior respeito pelo sentimento religioso das pessoas e a Bíblia expressa condenação ao homossexualismo, porém no mundo laico eu preciso ter uma solução jurídica para isso”.

De acordo com Barroso, caso contrário essas pessoas ficariam em um limbo jurídico, sem saber exatamente o que fazer. “E aí vem o casamento. Nós não achamos que o casamento é uma coisa boa, que diminui a promiscuidade, estreita as relações afetivas? Por que nós vamos excluir essas pessoas da prosperidade de terem um casamento? Essa é a minha posição, mas eu tenho o maior respeito pelas posições contra apostas”, ressaltou.

Aborto – Com relação ao aborto,o ministro classificou a questão como a mais difícil do mundo, e uma coisa ruim, lembrando que o papel do Estado é evitar que aconteça, proporcionando educação sexual, distribuindo contraceptivos e amparando a mulher que queira ter o filho e esteja em condições adversas. “É perfeitamente legítimo a alguém ser contra, pregar contra e não fazer. Porém, tudo isso é diferente de achar que a mulher que viva o infortúnio de ter que fazer vá para a prisão. Nenhum país democrático e desenvolvido do mundo criminaliza, nem os mais católicos”.

O ministro Barroso reforçou que prender a mulher que resolve interromper a gravidez não é uma boa política pública, e que a criminalização impede que as mulheres pobres tenham acesso aos serviços públicos de saúde que podem ser prestados. Ele reconheceu ser difícil para a sociedade chegar a um consenso sobre o tema, que é eticamente divisível, já que o momento do nascimento, do surgimento da vida, é uma questão de fé e de convicção.

“Tem gente que acha que desde o momento inicial da concepção com duas células já há vida. Tem gente que acha que é quando se forma o sistema nervoso, tem gente que acha que quando começa a formação da consciência. Existem muitas visões de mundo quando você trata de matéria em desacordo moral. É razoável que pessoas esclarecidas e bem intencionadas pensem de maneira diferente. O papel do Estado não é escolher um lado, e sim permitir que cada um viva a sua crença, a sua convicção”, ponderou.

IA – Questionado sobre os rumos que a inteligência artificial está tomando, Barroso respondeu que está preocupado e ao mesmo tempo animado, já que ela tem imensas potencialidades para fazer o mundo melhor e de tomar decisões melhor do que os seres humanos em alguns casos.

“A inteligência artificial é a transferência de capacidades humanas para computadores, feitas por softwares. Essas capacidades envolvem tarefas cognitivas e tomada de decisões. Como a inteligência artificial é capaz de armazenar uma quantidade de informações muito maior do que o cérebro humano e processadas em muito maior velocidade e muitas áreas, ela vai ser mais eficiente do que a capacidade humana”, avaliou.

Ele citou como exemplo a medicina, campo no qual a IA já vem sendo usada em cirurgias e diagnósticos, e com melhor qualidade. Segundo ele, o uso dessa tecnologia automatizará tarefas que levam pessoas a neuroses causadas por tarefas repetitivas. Além disso, poderá evitar a exposição dos humanos a atividades de alto risco, como desarmar uma mina ou passar um cabo no fundo do oceano, por exemplo.

“Eu acho que tem muita coisa boa com a inteligência artificial, mas tem muitos riscos, como a discriminação, a privacidade, e o maior é a singularidade, que a IA adquira consciência. Porque se ela adquirir consciência de si própria e passar a ter vontade própria são as máquinas que vão dominar a condição humana e não vice versa porque elas têm muita muito maior capacidade de processamento de informação com muito mais velocidade”, afirmou.

Governo amplia esforço contra pautas com impacto fiscal bilionário

 


Senado e Câmara devem analisar projetos de lei e pautas-bomba para o Executivo federal nos próximos dias

As negociações entre integrantes do governo e parlamentares serão intensas nos próximos dias para evitar derrotas fiscais no Congresso Nacional. Nesta semana, diferentes projetos que podem impactar os cofres da União devem ser analisados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, o que tem preocupado o entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, até mesmo o próprio presidente, após o clima de tensão com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, articulador político de Lula no Legislativo. O parlamentar alagoano chamou Padilha de “incompetente” e disse que o ministro é um “desafeto pessoal”.

Lula entrou em campo e discutirá com Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, a pauta da semana. O encontro de Lula com Arthur Lira, por exemplo, já aconteceu. Os políticos se reuniram no fim da tarde de domingo (21) no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, conforme Igor Gadelha, colunista do Metrópoles.

No foco do Congresso, estão os vetos de Lula à distribuição de R$ 5,6 bilhões do Orçamento de 2024 para emendas parlamentares e a chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio que, se aprovada, pode impactar em até R$ 42 bilhões por ano aos cofres públicos anuais, segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).  Aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa na última semana, a proposta prevê o pagamento de uma parcela mensal de valorização por tempo de exercício dos magistrados e membros do Ministério Público.

O benefício havia sido extinto em 2006. A PEC prevê adicional de 5% do salário a cada cinco anos para os membros do Judiciário e do Ministério Público. O valor poderia alcançar o limite de 30%. O governo espera a aprovação do texto na CCJ e, logo em seguida, no plenário do Senado. A expectativa é de que as votações ocorram antes da sessão do Congresso, prevista para as 19h de quarta.

Mas, o governo Lula tem como primeiro desafio a votação do projeto de lei (PL) que reduz a lista de beneficiários do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Criada em 2021, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), a iniciativa tem como objetivo compensar os efeitos criados pelo isolamento social durante a pandemia de Covid-19.

O Perse trouxe uma isenção das alíquotas dos tributos federais para empresas do setor de eventos por cinco anos (de 2021 a dezembro de 2026), como forma de mitigar as perdas do setor oriundas do estado de calamidade pública. Com o fim da pandemia, o governo Lula propôs acabar gradualmente com o programa, sob a justificativa de que as renúncias fiscais não se justificam.

O ministro Fernando Haddad chegou a assinar uma MP determinando o fim do programa, mas a ideia não foi bem recebida pela Câmara, tampouco por empresários dos ramos de eventos e turismo. Por isso, o governo enviou a proposta via projeto de lei, sugerindo a redução do benefício do Perse de 44 para 12 atividades econômicas. O texto tramita sob a relatoria de Renata Abreu (Podemos-SP) e pode ser votado na terça-feira (23/4). Segundo o ministro Alexandre Padilha, o governo trabalha para que o impacto do programa seja de R$ 5 bilhões anuais até 2026.

Na quarta-feira (24/4), a CCJ também deve votar o projeto que recria o seguro obrigatório de veículos terrestres, o antigo DPVAT. A matéria pode promover um alívio de R$ 15 bilhões no Orçamento. Os gastos extras foram incluídos de última hora no projeto de lei complementar durante votação na Câmara. Na prática, o dispositivo antecipa, do segundo para o primeiro bimestre do ano, a possibilidade de o Executivo abrir crédito suplementar permitido na lei, devido ao crescimento adicional da receita deste ano, em relação ao mesmo período de 2023.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Após reunião com Lula, líder da Câmara prioriza tributária e Perse

 

Deputado José Guimarães disse que irá “trabalhar” para votar os temas nesta terça-feira (23)

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) revelou, na última sexta-feira (19), quais serão as matérias prioritárias na próxima semana. Guimarães foi um dos participantes de uma reunião de mais de duas horas com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a discussão sobre o Legislativo. A informação é de uma reportagem do Metrópoles.

Após o encontro, o parlamenta previu “duas prioridades macro”: a regulamentação da Reforma Tributária, encabeçada pelo ministro Fernando Haddad [Fazenda], e a votação do Perse, o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, criado em 2021 por conta da pandemia do coronavírus, acrescenta o Metrópoles. “Vamos trabalhar para votar na terça-feira”, afirmou para jornalistas no Palácio do Planalto.

Ainda segundo o Metrópoles, de acordo com o líder do governo, o presidente pediu empenho dos articuladores nos temas econômicos que entrarão em pauta no Congresso. “Foi reunião mais de socialização de informação do que está acontecendo na Câmara e no Senado”, disse, e negou ter sido algo de “emergência”.

Participaram também da reunião com Lula as lideranças do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), além dos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil), acrescenta o Metrópoles.