A TV Globo teve acesso à decisão do ministro
Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou na última quarta-feira
(21) a operação Quinto Alto da Polícia Federal, que cumpriu um mandado de busca
e apreensão em um endereço ligado ao senador Fernando Collor (PROS-AL), em São
Paulo. A operação investiga um esquema de pagamento de propina para a liberação
de licenças ambientais no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), no Paraná.
As irregularidades teriam ocorrido em 2014 e 2015. Fachin determinou o bloqueio e sequestro de R$ 1,1 milhão das contas de Collor e dos demais envolvidos nas irregularidades apuradas. Na investigação, a Polícia Federal apontou suposta ingerência política do senador Fernando Collor de Melo junto ao Ibama para atender interesses do empresário João Carlos Ribeiro na instalação do Porto Pontal do Paraná. Segundo a PF, em contrapartida, Collor receberia o pagamento de vantagens indevidas.
João Carlos Ribeiro (PSC) é dono do porto e candidato a prefeito em Pontal do Paraná. Com dados do Coaf, os investigadores identificaram uma transferência bancária de R$ 1,1 milhão feita pelo empresário ao escritório de advocacia Spengler & Padilha, para advogado Luiz Alberto Spengler, que fez “sucessivas transferências em prol do Senador Fernando Collor”.
De acordo com a investigação, o valor teve como destinatário o então senador Ataídes de Oliveira e se referia ao pagamento de uma aeronave adquirida por Collor. Segundo a PF, uma das licenças emitidas pelo Ibama para o Porto Pontal Paraná foi concedida três dias antes do repasse de mais de R$ 1 milhão.
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