Ao menos dez partidos políticos irão ficar de
fora da partilha do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão nas
eleições municipais deste ano. Desde a publicação da Constituição, em 1988, é a
primeira vez que haverá legendas de fora desse bolo da propaganda eleitoral.
Até as últimas eleições, 10% do tempo total da
propaganda eram distribuídos igualitariamente entre todas as legendas. Partidos
nanicos, por exemplo, conseguiram em 2018 ao menos anunciar suas candidaturas
principais em cerca de dez segundos.
No PSL, o atual presidente Jair Bolsonaro teve
apenas oito segundos de televisão no programa eleitoral gratuito do primeiro
turno de 2018. Até essa garantia mínima de exposição caiu agora.
O TSE ainda não divulgou a tabela da divisão do
tempo de propaganda, o que será feito depois das apresentações das
candidaturas, marcadas para o dia 26 de setembro, mas partidos como Rede e PRTB
desconsideram até mesmo a impossibilidade de ter direito às inserções nos
intervalos comerciais em suas estratégias de campanha para as eleições de 2020.
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