Os pais já estão
antecipando a compra de materiais escolares para tentar economizar e evitar o
impacto da inflação esperada para o início do próximo ano. A estratégia de
buscar os itens nas férias, antes da virada do ano, é uma forma de garantir
preços mais baixos e fugir dos reajustes.
Essa é a tática de Maria Fátima da Silva, Auxiliar de Serviços Gerais, que já está na seção de materiais escolares para comprar os itens que a filha irá precisar. “Sempre comprando antes do que na virada do ano. Porque daí no ano que vem vêm coisas novas com valores mais altos”, explica Maria Fátima.
No início deste ano, os preços dos materiais escolares subiram entre 5% e 9%, e a expectativa para 2026 não é muito diferente. Por essa razão, planejar as compras desde já é fundamental para proteger o orçamento familiar.
Dicas de economia e sustentabilidade
Comparar preços em
diferentes estabelecimentos é a primeira medida essencial para encontrar os
valores mais vantajosos. Além disso, os especialistas sugerem o uso de
estratégias de compra em grupo para aproveitar descontos de quantidade.
O economista Cristiano Frizon recomenda a formação de grupos de consumo para maximizar a economia. “São materiais que são iguais para todo mundo. Vamos em cinco famílias no atacado e vamos comprar todo mundo junto. Você consegue um desconto, às vezes pela quantidade que vale bastante a pena, né”, sugere Frizon. A compra em volume pode garantir negociações mais favoráveis com lojistas.
Outra iniciativa que alivia o orçamento e, ao mesmo tempo, evita o desperdício é a organização de bazares de itens usados e em bom estado. Em uma escola, por exemplo, é realizado um bazar de uniformes. A dinâmica é simples: quem doa peças usadas ganha desconto para levar outras.
Neste modelo, blusas novas que custariam mais de R$ 150 podem sair por apenas R$ 10, demonstrando o potencial de economia da iniciativa. A professora Juliana Ripka ressalta os benefícios da medida, que vai além do aspecto financeiro. “A gente vai dando essa apertadinha aqui, apertadinha ali, e já ajudando o planeta, né. E depois a gente consegue usar esses valores para outras situações”, afirma.
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