terça-feira, 21 de julho de 2020

Gisele Bündchen, ISA e Rede de Sementes do Xingu vão plantar 40 mil árvores na Amazônia


Gisele se uniu ao ISA e a Rede de Sementes do Xingu para plantar 40 mil árvores na Amazônia|Nino Muñoz




A Rede de Sementes do Xingu é referência na produção comunitária de sementes. Na foto, a coletora Maria Luiza beneficia sementes de jatobá|Tui Anandi-ISA



Para celebrar os 40 anos da modelo, campanha “Viva a Vida” vai arrecadar fundos para restaurar áreas degradadas nas bacias do Rio Xingu e Araguaia

Parceiros de longa data, Gisele Bündchen, ISA e Rede de Sementes do Xingu se uniram para plantar ao menos 40 mil árvores na Amazônia. A modelo e embaixadora da boa vontade para o meio ambiente pela ONU, criou a iniciativa “Viva a Vida” para celebrar seus 40 anos.

“A minha relação com o Xingu começou em 2004, quando visitei pela primeira vez uma aldeia indígena, pois queria entender como aquelas comunidades viviam da natureza. Foi neste momento que vi de perto os problemas que eles vinham enfrentando devido ao desmatamento e à poluição dos rios e senti que precisava fazer algo para ajudar. Desde então, tenho trabalhado em causas para preservação da natureza”, conta Gisele.

Em 2006 a modelo apoiou a campanha Y Ikatu Xingu, “Salve a Água Boa do Xingu”. A iniciativa foi um movimento de responsabilidade socioambiental compartilhada que envolveu produtores rurais, indígenas, agricultores familiares, pesquisadores, organizações da sociedade civil e municípios da região das cabeceiras do rio Xingu, no Mato Grosso, com o objetivo de recuperar e conservar as nascentes e matas de beira de rio.

A campanha gerou frutos e, em 2007, nasceu a Rede de Sementes do Xingu. Em 13 anos, a iniciativa se consolidou como a maior rede de sementes do Brasil, viabilizando recuperação de mais de 6,6 mil hectares de áreas degradadas na região das bacia do Rio Xingu e Araguaia e outras regiões de Cerrado e Amazônia. Trabalho potente, venceu o Ashden Awards 2020, um dos principais prêmios para soluções climáticas no mundo.

A coleta das sementes é feita por indígenas, agricultores familiares e coletores urbanos, em sua maioria mulheres. São 568 pessoas com profundo conhecimento da mata que realizam um trabalho cuidadoso de reunir as sementes, beneficiá-las para o plantio e garantir uma fonte de renda.

“Hoje, a pandemia da Covid-19 e a emergência climática mostram que é preciso mais. É preciso colocar mais florestas em pé onde havia devastação, proteger as nascentes dos rios e, assim, fazer voltar a água boa para todos. Água boa para plantar, para colher, para beber e para ter saúde”, comenta Rodrigo Junqueira, Secretário Executivo do ISA que participou da criação da campanha Y Ikatu Xingu.

Plantar o futuro

A ocasião também marca o lançamento da plataforma para doação “Viva a Vida”, que convida as pessoas a participarem da causa e plantarem um futuro melhor. Os plantios serão feitos com uma mistura de sementes nativas, a “muvuca”, com uma técnica de semeadura direta em um solo bem preparado. O plantio será realizado em áreas na região das bacias dos Rio Xingu e Araguaia, no Mato Grosso.


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