O Ministério da Saúde
reuniu em Brasília, nos dias 24 e 25 de setembro, gestores estaduais de saúde
para a Reunião Nacional de Preparação para o Período de Alta Transmissão de
Arboviroses. O encontro teve como objetivo alinhar estratégias de prevenção,
vigilância epidemiológica e organização da assistência médica diante do aumento
esperado de casos de dengue , chikungunya , Zika e febre amarela em 2025,
reforçando a integração entre os diferentes níveis do Sistema Único de Saúde
(SUS) .
Segundo o secretário
adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) , Fabiano
Pimenta, o cenário atual das arboviroses exige cada vez mais cooperação e articulação
entre vigilância e atenção primária . “É uma satisfação ver, de maneira
bastante concreta, a participação da vigilância, da atenção primária e
especializada nesse processo. Há alguns anos, a vigilância assumia quase tudo
sozinha. Hoje temos um cenário muito mais complexo, mas também mais integrado,
o que representa um avanço importante para o SUS”, destacou.
Desafios e prioridades
Entre os principais
desafios apresentados estão a utilização de dados epidemiológicos para
georreferenciamento, a melhoria da classificação de risco dos pacientes e a
definição de fluxos de atendimento que permitam respostas mais rápidas em
unidades básicas de saúde e serviços de urgência. A adoção dessas medidas busca
reduzir a sobrecarga nos hospitais e, sobretudo, diminuir o número de óbitos.
Fabiano ressaltou que a consolidação da classificação de risco é uma das prioridades para o próximo período sazonal. “A classificação de risco é um grande esforço que vem sendo feito em conjunto com estados e municípios. Superamos pontos críticos e, agora, precisamos consolidar esse modelo para que o atendimento seja rápido e adequado em todas as portas de entrada do sistema”, explicou.
Diretrizes nacionais
As ações estão
alinhadas às Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle das Arboviroses
Urbanas , publicadas pelo Ministério da Saúde em abril deste ano, que orienta o
trabalho dos agentes de combate às endemias. Durante a reunião, também foi
debatida a elaboração de uma portaria específica para o período sazonal 2025/2026,
construída em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)
e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Cooperação tripartite
O secretário adjunto reforçou que o enfrentamento das arboviroses exige a cooperação de todas as esferas de gestão do SUS. “Estamos à inteira disposição para juntos enfrentarmos este período, sem competição, mas em um processo sinérgico em que cada um conhece suas responsabilidades e atribuições. Só teremos respostas mais efetivas se atuarmos juntos, de forma oportuna e articulada”, concluiu.
Ministério da Saúde
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