Com a alta no preço do petróleo no mercado
internacional, como consequência da guerra na Ucrânia, as companhias aéreas
estão amargando aumento substancial de custos com querosene de aviação (QAV). A
Latam confirmou um reajuste das passagens, sem estimar, porém, qual a
porcentagem. Sem previsão para o equilíbrio do mercado, o setor estima uma
postergação da oferta de novas rotas.
A companhia aérea informou, por meio de nota, que permanece atenta à evolução da guerra na Ucrânia, que impacta diretamente o preço do petróleo e também a previsibilidade para realizar ajustes em seus voos, se necessário. “É inegável o impacto nos custos das companhias aéreas em função da alta do preço do QAV”, diz a companhia.
Já a Azul afirma, também em nota, que, embora o valor do barril do petróleo já tenha superado os níveis atuais há 14 anos, a situação atual “é muito pior, pois naquela época o valor do dólar estava muito abaixo dos atuais R$ 5,00, cotado a R$ 2,00”.
“Essa matemática é bastante impactante para o setor aéreo, em especial para as empresas brasileiras, que têm diversos custos em dólar e um dos combustíveis mais caros do mundo”, destaca a áerea. Historicamente, o combustível responde por mais de um terço dos custos do setor, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
Conforme a entidade, o setor acumula prejuízo de R$ 37,4 bilhões de 2016 até o terceiro trimestre de 2021. “A Abear defende que medidas emergenciais de contenção de preços que possam ser tomadas durante a vigência do conflito incluam o QAV, amenizando dessa forma a crise do setor.” Procurada, a Gol informou que está em período de silêncio e que se posiciona por meio da Abear.
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