O grupo de partidos que formam o chamado
Centrão, base política na Câmara dos Deputados do governo do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido), vai administrar mais de 2,6 mil municípios a partir de
2021, o equivalente a 47% das cidades brasileiras. O número de moradores nesses
municípios (cerca de 78 milhões de pessoas), por sua vez, representa
aproximadamente 40% da população do país.
O desempenho do Centrão na disputa municipal,
que realizou o segundo turno neste domingo, dia 29, é visto com atenção por
lideranças políticas de olho nas eleições de 2022. Isso porque o bloco tem
capilaridade em centenas de municípios e pode ajudar a mobilizar eleitores na
corrida presidencial daqui a dois anos. O resultado das urnas pode também
ampliar a força política do Centrão junto ao governo federal.
PREFEITURAS – Entre os 11 partidos que formam o
grupo, PP, PSD e PL são as legendas com o maior número de prefeituras. Mas a
diferença é pequena. Enquanto PP venceu em 685 municípios, o PSD vai
administrar 655 a partir de 2021. O PL ficou em terceiro lugar, com 345
prefeituras.
Embora dispute com o PP a liderança das legendas do Centrão com maior força eleitoral, o PSD está à frente em um conjunto de cidades com maior número de moradores – o total é de aproximadamente 23 milhões. A legenda vai comandar, por exemplo, Belo Horizonte, onde o prefeito Alexandre Kalil venceu ainda no primeiro turno, com 63% dos votos.
A capital mineira é o maior município sob o comando do PSD no país. Entre as grandes cidades, a legenda vai administrar ainda Guarulhos (SP), Campo Grande (MS) e Campina Grande (PB). Já o PP vai administrar Nova Iguaçu (RJ), João Pessoa (PB), Uberlândia (MG) e Rio Branco (AC). No grupo do Centrão, não foram considerados o MDB e DEM, que anunciaram a saída do bloco em julho. Permaneceram na base de apoio do presidente PP, PSD, PL, PTB, Republicanos, Cidadania, PSC, Solidariedade, Avante, Patriota e Pros.
Por - Fábio Vasconcellos do G1.
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