Chefes de estado que apresentaram metas
ambiciosas a para cumprirem o compromisso de zerar as emissões de carbono até a
metade do século 21, previsto no Acordo de Paris, foram convidados pela
Organização das Nações Unidas (ONU) para discursarem em um evento sobre
mudanças climáticas realizado na última quinta-feira (10).
O Brasil ficou de fora. O evento em questão é o Climate Ambition Summit, uma reunião preparatória para a próxima Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Mudança do Clima, marcada para o ano que vem. Nas Américas, Uruguai Argentina, Colômbia, Peru, Belize, Cuba, Costa Rica, Equador, Jamaica, Guatemala, Honduras, Panamá e Canadá ganharam uma cadeira no palco virtual do evento.
Os países da União Europeia e os grandes poluidores asiáticos, como a China, também estão entre os convidados do Climate Ambition Summit. Já entre os grandes poluidores mundiais que ficaram de fora aparecem, além do Brasil, México e os Estados Unidos.
O secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, aponta que a rejeição ao governo brasileiro em um dos mais importantes eventos internacionais sobre mudanças climáticas acontece logo após o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciar as novas metas do país no Acordo de Paris.
“Nos tornamos indesejados em uma agenda que deveríamos ser líderes. O governo Bolsonaro tanto fez contra o meio ambiente e contra o clima do planeta, que se tornou uma espécie de presença tóxica nessas reuniões internacionais”, diz Astrini.
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