segunda-feira, 25 de agosto de 2025

IBGE: Brasil tem menos homens do que mulheres e diferença cresce nas faixas etárias mais altas

 


País registra 92 homens para cada 100 mulheres; violência, acidentes e expectativa de vida explicam cenário

O Brasil tem hoje menos homens do que mulheres, segundo dados da PNAD Contínua 2024 divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (22). A pesquisa aponta que, em média, há 92 homens para cada 100 mulheres no país, um desequilíbrio que se acentua conforme o avanço da idade. No Rio de Janeiro, entre pessoas com mais de 60 anos, são apenas 70 homens para cada 100 mulheres. Em São Paulo, a proporção é de 77 para 100 na mesma faixa etária. O quadro confirma tendência já observada no Censo de 2022, quando o Brasil contabilizou 104,5 milhões de mulheres e 98,5 milhões de homens — cerca de 6 milhões a mais.

Especialistas explicam que a diferença decorre de fatores como mortes violentas e acidentes, que atingem mais homens, além do maior cuidado das mulheres com a saúde e sua expectativa de vida mais alta. A transição demográfica, marcada pelo envelhecimento da população e pela queda nos nascimentos, deve acentuar ainda mais a disparidade.

Os dados mostram que até os 24 anos há mais meninos do que meninas, reflexo de uma proporção biológica global que gera entre 3% e 5% mais nascimentos masculinos. A partir dessa idade, o número de mulheres passa a superar o de homens, resultado principalmente da violência e dos acidentes que vitimam jovens.

A série histórica da PNAD indica estabilidade da proporção nos últimos anos: em 2012, 48,9% da população era formada por homens e 51,1% por mulheres; em 2018, o índice passou para 48,8% e 51,2%, mantendo-se próximo até 2024. A tendência é registrada em quase todos os estados. As únicas exceções são Tocantins, onde há 105,5 homens para cada 100 mulheres, e Santa Catarina, com proporção praticamente equilibrada: 100,9 para 100.

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