segunda-feira, 17 de abril de 2023

Ucranianos no Brasil pedem que governo não os traia

 


Lavrov terá reuniões no Itamaraty e possivelmente encontrará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A principal organização da comunidade ucraniana no Brasil declarou em nota que o chanceler russo, que inicia visita nesta segunda (17), “representa um país agressor de outro país soberano”, em violação à Carta da ONU.

“O ministro Lavrov representa o seu presidente, Vladimir Putin, que tem um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional por sequestrar crianças ucranianas do território da Ucrânia e levá-las para a Rússia”, diz a Representação Central Ucraniano Brasileira, em texto assinado por seu presidente, Vitório Sorotiuk.

Lavrov, Segundo a Folha de S.Paulo, terá reuniões no Itamaraty e possivelmente encontrará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem buscando construir um grupo de mediadores para encerrar o conflito. O petista tem irritado os EUA e os europeus, no entanto, por declarações que foram vistas como favoráveis ao lado russo.

Lula ainda, em terras chinesas, acusou a Ucrânia de ter participação no início do conflito. “A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países”, disse.

Com isso, a nota manda em um recado velado a Lula, frisou que: “É positivo que o Brasil busque e interceda pela paz, mas o único que tem autoridade para falar sobre as condições da paz e sobre a integridade do seu território é o povo ucraniano e seu governo”.

O documento pede ainda, que o governo brasileiro “não traia as esperanças” dos cerca de 600 mil brasileiros de origem ucraniana. “O corpo, a alma e o sangue da Ucrânia integram o Brasil e espera-se do governo brasileiro a sua correspondência”, afirma.

Também cobra que o país pressione a Rússia a retirar suas tropas da Ucrânia. “O Brasil deve exigir que a Rússia retire suas tropas da Ucrânia, pois as relações internacionais devem se dar na boa-fé”, afirma.

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