terça-feira, 11 de abril de 2023

Governo solicita que redes sociais monitorem posts para combate à violência nas escolas

 


Governo quer mais agilidade para retirada de material do ar após notificação de conteúdo perigoso.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública irá notificar as plataformas de redes sociais solicitando mais agilidade e colaboração no monitoramento de solicitações relacionadas a casos suspeitos de ataques a instituições de ensino e da apologia ao ódio e à violência.

O Ministério da Justiça seu reuniu na tarde desta segunda-feira (10) com representantes das plataformas e apresentou o trabalho que está sendo feito pela equipe da Operação Escola Segura, criada a partir da tragédia de Blumenau, na semana passada, quando um ataque causou a morte de quatro crianças e ferimentos em outras cinco.

Segundo o G1, o ministro Flávio Dino afirmou que o governo já tinha um trabalho de monitoramento no âmbito da Secretaria Nacional de Segurança Pública integrando delegacias de todo o país e, em face da tragédia de Blumenau, o trabalho foi ampliado com a atuação da Polícia Federal, por meio da Diretoria de Crimes Cibernéticos, e pela rede coordenada pela Senasp, com mais de 50 profissionais em Brasília, além de profissionais em todas as 27 delegacias de crime cibernético das polícias civis dos estados.

“Nas reuniões com as plataformas ficamos espantados, indignados, com o que está circulando nelas em escala industrial. Estamos vendo o pânico sendo instalado no seio das escolas e nas famílias e não identificamos ainda a proporcionalidade entre a reação das plataformas com a gravidade dessa autêntica epidemia de violência que ameaçam nossas escolas nesse momento”, disse Dino.

Dino revelou que apenas nos dias 8 e 9 deste mês (sábado e domingo), foram identificados mais de 511 perfis em que há apologia à violência ou ameaças. Esses 511 perfis foram identificados em apenas uma das plataformas.

“Estamos fazendo esse monitoramento e enviando às plataformas. E o que estamos vendo neste momento? Estamos vendo que alguns têm atendido, outros não. E estamos vendo por parte de algumas destas empresas, não todas, a dificuldade de compreender este papel ativo que estamos buscando, em face da gravidade da situação”, lamentou Dino. Segundo o ministro, esse monitoramento não tem data para acabar.

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