O juiz federal Bruno Savino, da cidade mineira
de Juiz de Fora, determinou, nesta quinta-feira (14), que Adélio Bispo de
Oliveira, que tentou matar Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018, deve
seguir preso em uma penitenciária federal. Adélio poderia ser libertado por
agora, às vésperas do início oficial da campanha eleitoral deste ano. A decisão
será encaminhada ao juiz corregedor responsável pela penitenciária federal de
Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde Adélio está preso. O magistrado
deverá chancelar o veredicto.
A sentença de Adélio foi assinada por Bruno
Savino, responsável pelo processo criminal , em junho de 2019. Na ocasião, em
razão da constatação de que o agressor de Bolsonaro tem uma doença mental, o
juiz aplicou ao caso a figura jurídica da “absolvição imprópria”, pela qual um
réu não pode ser condenado. A pena, então, foi convertida em internação. Àquela
altura, Savino determinou que Adélio ficasse em uma prisão federal porque, no
sistema prisional comum, ele correria risco de morte. Ainda de acordo com a
decisão, três anos após a sentença uma nova perícia deveria ser realizada para
averiguar se Adélio Bispo seguia representando um risco para sociedade — havia,
portanto, a possibilidade de ele ser colocado em liberdade imediatamente.
Tanto o Ministério Público Federal quanto o
Departamento Penitenciário Nacional, vinculado ao Ministério da Justiça e
responsável pela penitenciária de Campo Grande, se manifestaram a favor de que
Adélio seguisse internado em uma prisão federal. Os dois pareceres foram
levados em consideração na decisão de Bruno Savino, assinada nesta quinta.
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