Influenciado pelo cenário internacional e pela
aprovação da emenda constitucional que amplia benefícios sociais, o mercado
financeiro teve mais um dia de nervosismo nesta quinta-feira (14). O dólar
chegou a aproximar-se de R$ 5,50, mas a alta perdeu força ao longo do dia. A
bolsa de valores voltou a cair e atingiu o menor nível desde o fim de 2020. O
dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,433, com alta de R$ 0,027
(+0,51%). A moeda norte-americana teve um dia tenso, chegando a ser vendida a
R$ 5,48 na máxima do dia, por volta das 10h30. No entanto, a cotação
desacelerou após declarações de diretores do Federal Reserve (Fed, Banco
Central norte-americano) que arrefeceram o mercado.
A bolsa de valores teve uma quinta-feira ainda
mais turbulenta. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 96.121 pontos, com recuo
de 1,8%. O indicador fechou no menor ,
na semana anterior à vitória de Joe Biden nas eleições norte-americanas. Tanto
fatores externos como internos interferiram no mercado financeiro. Nos Estados
Unidos, aumentaram as apostas de que, após a inflação anual atingir 9,1% em
junho (o maior nível em 41 anos), o Fed elevará os juros básicos em 1 ponto
percentual na próxima reunião. Taxas mais altas em economias avançadas provocam
fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.
Os ânimos só se acalmaram durante a tarde,
quando dois diretores do Fed indicarem que pretendem aumentar os juros básicos
norte-americanos em 0,75 ponto percentual no fim deste mês. O dólar diminuiu a
valorização perante as principais moedas internacionais. No Brasil, os
investidores repercutiram a aprovação ontem (13) da emenda constitucional que
aumenta benefícios sociais e cria auxílios temporários para taxistas e
caminhoneiros. Com impacto de R$ 41,25 bilhões no Orçamento da União de agosto
a dezembro, o texto foi promulgado pelo Congresso Nacional no início desta
noite.
Com informações da Reuters
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