O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou
nesta segunda-feira, 31, que a economia da América Latina deve registrar um
crescimento de 2,4% em 2022. A projeção foi revisada em relação à última
estimativa feita pelo órgão, em outubro do ano passado. Na ocasião, o FMI
projetava uma expansão de 3%. Em 2021, ainda de acordo com o órgão, o bloco
teve crescimento aproximado de 6,8% (segundo dados preliminares), depois do
tombo de 6,9% em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19.
“A incerteza sobre a evolução da pandemia de forma mais ampla continua lançando uma sombra sobre a recuperação global e na América Latina e no Caribe”, diz a nota do FMI divulgada hoje e assinada por alguns de seus diretores, entre os quais o ex-presidente do Banco Central (BC) Ilan Goldfajn.
A desaceleração do crescimento da região é reflexo de dificuldades econômicas enfrentadas por vários países latino-americanos, como o aumento da inflação, diz o FMI. “Se a inflação crescente ameaçar desancorar as expectativas pelo índice, os Bancos Centrais terão que aumentar ainda mais as taxas de juros para sinalizar compromisso contínuo com as metas e evitar persistentes aumentos de preços”, aponta o órgão.
Na semana passada, o FMI reduziu a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2022. Segundo o relatório World Economic Outlook o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve avançar 0,3% neste ano. A projeção anterior era uma expansão de 1,5%.
Revista Oeste
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