Mesmo antes de entrar em vigor o novo aumento
de 5,9% do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), anunciado na sexta-feira, 11, pela
Petrobras, o preço médio do gás de cozinha (botijão 13 kg) para o consumidor
subiu de R$ 85,27 para R$ 85,63 na semana de 6 a 12 de junho, com o valor
máximo de comercialização voltando para o patamar de R$ 125,00, segundo dados
da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O preço mínimo de venda ao consumidor é observado na Região Sudeste (R$ 64,00), e o mais alto (R$ 125,00) no Centro-Oeste. Na última segunda-feira, 14, passou a valer o novo preço do GLP nas refinarias da empresa, R$ 0,19 mais caro, elevando o preço por quilo para R$ 3,40, o primeiro aumento da gestão do general Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras.
De acordo com o reajuste da Petrobras, o novo preço médio para o botijão 13 kg passa a ser de R$ 44,20 nas refinarias. Ao valor, porém, é adicionada a fatia da distribuição e revenda (35,6%) e impostos estaduais (ICMS), de cerca de 14%, depois de o governo ter zerado os impostos federais (PIS/Cofins) que representavam menos de 1% do preço na refinaria.
Perspectivas do preço Para quem se pergunta se o preço do gás vai cair, o cenário não é tão animador assim. Primeiro, temos que entender os fatores que determinam o preço do gás no Brasil. O economista e professor da FGV-RJ (Fundação Getulio Vargas) Mauro Rochlin conversou com o CNN Brasil Business para explicar a formação de preço do combustível. O gás de cozinha ou encanado é um derivado do petróleo. Portanto, o preço do combustível fóssil é o principal fator para a formação de preço do botijão. E é aí que a coisa começa a ficar complicada.
O barril do petróleo Brent era negociado a US$ 72,40 nesta quinta-feira, muito próximo do patamar pré-pandemia –em 20 de maio de 2019, a cotação alcançou US$ 72,83. No período mais agudo da recente crise econômica, o preço do barril do Brent chegou a afundar para US$ 22,74.
Portanto, se o petróleo está mais caro, o gás na sua cozinha também ficará. Ainda é preciso considerar que a commodity é negociada em dólares. Hoje, cada dólar vale cerca de R$ 5. É verdade que o real está se valorizando ante a moeda norte-americana, mas a alta do preço do petróleo vem anulando este que seria um fator positivo no preço do gás.
O governo interveio e zerou a alíquota de PIS e Cofins que incide sobre o gás de cozinha, mas a redução no preço não chegou ao consumidor porque as empresas aproveitaram para ter alguma margem de lucro.
“Muitas companhias já avisaram que, analisando a planilha de custos, não poderão repassar a queda do imposto, ou seja, a medida só vai ajudar a aumentar a lucratividade das distribuidoras”, disse, em março, o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili.
https://www.empregabilidadebrasil.com/2021/06/preco-do-gas-de-cozinha-sobe-e-volta.html
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