A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
prepara um aumento de 20% ou mais na bandeira tarifária mais alta nas contas de
luz. A informação foi revelada pelo diretor-geral do órgão, André Pepitone, em
audiência na Câmara dos Deputados. A bandeira vermelha está atualmente em vigor
e inclui R$ 6,24 nas contas de energia a cada 100 kWh consumidos.
Essas mudanças são reflexos da crise hídrica deste ano, que acarreta o uso maior de termelétricas, fonte de energia mais cara. Pepitone estima uma alta nas contas de luz de 5% em 2022 por causa do problema hídrico. Os consumidores livres – empresas que compram energia diretamente das distribuidoras – devem pagar o adicional ainda em 2021.Neste ano, os reajustes estão na faixa de 7% a 7,5%, de acordo com a Aneel.
“ Nós não temos praticamente água para atender a geração de energia [via hidrelétricas] até novembro. Até lá, teremos que atender com as térmicas e isso tem um custo”, explicou Pepitone.”O número que o Ministério de Minas e Energia tem usado publicamente é que vamos ter um custo adicional de R$ 9 bilhões (de janeiro a novembro de 2021), até abril já se gastou R$ 4 bilhões adicionalmente”, afirmou o diretor.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste passam pela pior seca desde que os indicadores começaram a ser medidos, em 1931. Hoje, o nível de armazenamento é de 30,8%. Em algumas usinas, como Itumbiara e Água Vermelha, está em torno dos 10%.
As duas regiões responde por 70% da capacidade de armazenamento do país. A expectativa é de que os reservatórios cheguem em novembro ao equivalente a entre 7,5% e 10,3% de capacidade.
G1
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