O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país, teve crescimento de 7,5% no
terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre. O dado é
do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado ontem (19).
“O forte crescimento de 7,5% da economia
brasileira no terceiro trimestre, reverte, em parte, a forte retração de 9,7%
registrada no segundo trimestre deste ano, em função da chegada da pandemia de
covid-19 ao Brasil, a partir de março. No entanto, este crescimento não é
suficiente para recuperar o nível de atividade econômica que ainda se encontra
5% abaixo do observado no quarto trimestre do ano passado”, afirma o
coordenador da pesquisa, Claudio Considera.
Segundo ele, apesar da recuperação disseminada entre as atividades econômicas, o setor de serviços ainda encontra dificuldades para se recuperar. Os serviços tiveram alta de 5,5%, bem abaixo dos 13,4% da indústria.
“Mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento e pequena melhora marginal dos setores de alojamento, alimentação, serviços prestados às famílias, educação e saúde, o crescimento observado ainda é muito pouco em comparação a deterioração, causada pela pandemia, observada nestes segmentos. A elevada incerteza quanto ao futuro da pandemia tem inibido a recuperação mais robusta do setor de serviços, que é a atividade mais relevante da economia brasileira”, explica Considera.
A agropecuária recuou 0,3%. Sob a ótica da demanda, houve altas de 9,9% no consumo das famílias e de 16,5% na formação bruta de capital fixo (investimentos). O consumo do governo cresceu 0,5%. Já as exportações e importações tiveram quedas de 0,6% e de 8,8%, respectivamente.
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