quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Senado: Pacheco tenta se reeleger presidente e coloca em prova força da base aliada

 


Entre os deputados, Lira já é visto como o vencedor da disputa pela presidência.

 

Deputados e senadores voltam aos trabalhos legislativos no Congresso Nacional nesta quarta-feira (1º) para definir quem comandará as duas casas pelos próximos dois anos. As eleições para os cargos de presidente da Câmara e do Senado ocorrem logo após a abertura do ano legislativo e da cerimônia de posse dos parlamentares eleitos. no Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), disputa a reeleição e possui, em tese, maior número de votos; do outro, Rogério Marinho (PL), com um aumento de apoios nos últimos dias. A situação específica traz mais emoção e coloca em prova a força da base governista de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No páreo com Pacheco estão, Marinho, nome do Partido Liberal, cravado com o apoio do PP e do Republicanos e ainda, o candidato do Podemos, Eduardo Girão (CE).

 

Dos três candidatos, Pacheco conta com o apoio declarado do presidente Lula, enquanto Marinho é visto como um forte candidato para representar a ala que faz oposição ao governo, e apoiado pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Para ser reconduzido ao posto, ganhando em primeiro turno, o pessedista precisa de pelo menos 41 votos. Se ninguém chegar a esse número, os nomes vão para o segundo turno. O escolhido toma posse em seguida.

 

Apesar de certa segurança do lado dos pachequistas, os apoiadores de Marinho não desanimaram ainda. Na Casa, a principal aposta, conforme o Metropóles, é que as eleições serão definidas por traições, que ocorrem quando um senador vota contra a orientação do partido ou contra um acordo feito com determinado candidato. Vale ressaltar que o voto é secreto, em cédula de papel.

 

O governo de Lula intensificou, nos últimos dias, a campanha a favor de Pacheco. Na última segunda-feira, aliados confirmaram ao Metrópoles que os senadores foram procurados por integrantes do alto escalão para buscar espaço no Executivo. Isso acontece porque a vitória de Rogério Marinho, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indicaria uma derrota para o presidente Lula.

 

Marinho também intensificou contatos nos últimos dias, buscando apoio de seus próprios correligionários e de nomes de outras siglas, como o próprio PSD de Pacheco. Entre os deputados, porém, Lira já é visto como o vencedor da disputa pela presidência. Se, na última eleição, o PT esteve contra o atual presidente, o cenário deste ano é diferente. Isso porque a atuação de Lira no último biênio foi vista como “moderadora” e acabou por agradar todas as bases, tanto do governo da época quanto da oposição. O alagoano foi eleito presidente da Casa em 2021 com 302 votos. Na época, seu principal adversário era Baleia Rossi (MDB-SP), que obteve 145 votos. Baleia foi o candidato do PT.

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