Flávio Dino era visto
como um dos principais cabos eleitorais do PSB para as eleições municipais de
2024 e tinha status de presidenciável.
De acordo com a coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, a indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) provocará mudanças no planejamento político do Partido Socialista Brasileiro (PSB) para as próximas eleições. Dino era visto como um dos principais cabos eleitorais do partido para o pleito municipal de 2024 e tinha status de presidenciável para 2026. A coluna aponta que o PSB continua apostando no vice-presidente, Geraldo Alckmin, como um puxador de votos para candidatos de centro. Um dos nomes que contará com o apoio de Alckmin é Tabata Amaral, que concorrerá à Prefeitura de São Paulo.
O Metrópoles acrescenta que Dino, por sua vez, era capaz de agregar apoios para os candidatos do PSB na esquerda e no petismo. O ministro da Justiça tornou-se o principal antagonista do bolsonarismo no governo Lula, devido aos sucessivos embates que teve com parlamentares da ala ideológica da extrema-direita.
Ainda segundo a coluna, as pretensões presidenciais de Dino também são conhecidas desde o início de 2020. À época no PCdoB, ele costumava dizer que aceitaria a missão de concorrer à Presidência se reunisse apoios em torno de seu nome. A reabilitação política de Lula, no entanto, levou Dino para o Senado. A candidatura custou R$ 4,25 milhões para o PSB em 2022. O PSB tenta lançar uma candidatura à Presidência desde 2018, mas sem sucesso. Naquele ano, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa causou frisson no mundo político ao manifestar interesse na disputa pelo Planalto. Ele filiou-se ao PSB em abril daquele ano e desistiu da ideia no mês seguinte, acrescenta a coluna.
O Metrópoles ainda ressalta que a aideia de ter candidato próprio em 2022 também morreu de inanição após Alckmin abrir negociações com Lula para ser vice na chapa que derrotou Bolsonaro. Como consequência, o PSB encolheu na Câmara e perdeu dez deputados na última eleição. O tamanho da bancada na Câmara é usado pelo TSE para calcular a fatia do fundo eleitoral a que os partidos têm direito.
À coluna de Guilherme Amado, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o partido precisa “continuar colaborando para que o governo [Lula] seja muito bem-sucedido”. “Ainda temos uma eleição municipal no próximo ano, então é cedo para falar de eleição presidencial. O país tem muitos problemas que precisam ser solucionados até chegarmos em 2026”, disse.
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