quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Indicação de Flávio Dino ao STF provocará mudança de rota no PSB, diz coluna

 


Flávio Dino era visto como um dos principais cabos eleitorais do PSB para as eleições municipais de 2024 e tinha status de presidenciável.

De acordo com a coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, a indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) provocará mudanças no planejamento político do Partido Socialista Brasileiro (PSB) para as próximas eleições. Dino era visto como um dos principais cabos eleitorais do partido para o pleito municipal de 2024 e tinha status de presidenciável para 2026. A coluna aponta que o PSB continua apostando no vice-presidente, Geraldo Alckmin, como um puxador de votos para candidatos de centro. Um dos nomes que contará com o apoio de Alckmin é Tabata Amaral, que concorrerá à Prefeitura de São Paulo.

O Metrópoles acrescenta que Dino, por sua vez, era capaz de agregar apoios para os candidatos do PSB na esquerda e no petismo. O ministro da Justiça tornou-se o principal antagonista do bolsonarismo no governo Lula, devido aos sucessivos embates que teve com parlamentares da ala ideológica da extrema-direita.

Ainda segundo a coluna, as pretensões presidenciais de Dino também são conhecidas desde o início de 2020. À época no PCdoB, ele costumava dizer que aceitaria a missão de concorrer à Presidência se reunisse apoios em torno de seu nome. A reabilitação política de Lula, no entanto, levou Dino para o Senado. A candidatura custou R$ 4,25 milhões para o PSB em 2022. O PSB tenta lançar uma candidatura à Presidência desde 2018, mas sem sucesso. Naquele ano, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa causou frisson no mundo político ao manifestar interesse na disputa pelo Planalto. Ele filiou-se ao PSB em abril daquele ano e desistiu da ideia no mês seguinte, acrescenta a coluna.

O Metrópoles ainda ressalta que a aideia de ter candidato próprio em 2022 também morreu de inanição após Alckmin abrir negociações com Lula para ser vice na chapa que derrotou Bolsonaro. Como consequência, o PSB encolheu na Câmara e perdeu dez deputados na última eleição. O tamanho da bancada na Câmara é usado pelo TSE para calcular a fatia do fundo eleitoral a que os partidos têm direito.

À coluna de Guilherme Amado, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o partido precisa “continuar colaborando para que o governo [Lula] seja muito bem-sucedido”. “Ainda temos uma eleição municipal no próximo ano, então é cedo para falar de eleição presidencial. O país tem muitos problemas que precisam ser solucionados até chegarmos em 2026”, disse.

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