Entre os nomes mais
palatáveis que correm por fora da lista tríplice está o de Aras que pode ser
reconduzido ao cargo e ganhou a simpatia de Wagner.
Cresce a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela indicação do sucessor do Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Arase Augusto, cujo mandato se encerra em setembro próximo. Mas, a expectativa é que o presidente segure a indicação do sucessor de Araas assim como fez na primeira vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) em seu terceiro mandato. Ricardo Lewandowski se aposentou em abril, mas Lula só indicou seu sucessor em junho. Cristiano Zanin foi aprovado pelo Senado em meados daquele mês.
“A impressão é de que Lula ainda não se debruçou sobre os nomes, até pelo desconhecimento sobre a maior parte dos subprocuradores”, relatou ao Metrópoles uma fonte do MPF. Por enquanto, os nomes aventados são apenas especulações.
Entre os nomes mais palatáveis que correm por fora da lista tríplice, está o do vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, Antônio Carlos Bigonha, e do próprio Augusto Aras, que poderia ser reconduzido para um terceiro mandato. Aras, que foi indicado duas vezes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem má reputação entre alguns petistas, que consideram a atuação dele leniente durante os quatro anos de governo Bolsonaro.
Na última semana, porém, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que Aras tem o direito de se recandidatar e fez elogios públicos a ele, gesto que foi visto como uma sinalização favorável ao atual PGR. Já na quinta (13), em entrevista ao portal R7, Lula foi questionado se Aras pode ser reconduzido, e respondeu: “Não sei. Eu nunca conversei pessoalmente com o Aras. Possivelmente eu vou conversar com o Aras, como eu vou conversar com outras pessoas, e eu vou sentir o que é que as pessoas pensam, e no momento certo eu indicarei”.
Aconselham Lula na escolha quatro ministros: Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Flávio Dino (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). Os dois últimos são, eles próprios, cotados para futuras vagas no Supremo. Além dos auxiliares, também há conversas com interlocutores do PT.
Caso o novo PGR demore a ser indicado, quem deverá assumir temporariamente será o vice-presidente do conselho superior. Hoje o vice é o subprocurador Carlos Frederico Santos, mas em agosto haverá a posse do novo conselho, que deverá eleger um novo nome para o cargo. O nome mais provável para assumir o posto é o da subprocuradora Elizeta Ramos. Deste último, o parentesco com o ministro Flávio Dino, de quem é irmão, é visto como empecilho por Lula, que o considera um forte candidato. Nicolao já esteve em duas listas tríplices, em 2017 e 2021.
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