Presidente do Peru será interrogada em investigação por genocídio após protestos

 

A advogada de Dina Boluarte, Kelly Montenegro, afirmou que a presidente está disposta a ajudar nas investigações.

A Presidente do Peru, Dina Boluarte, será interrogada pela Promotoria do país na próxima terça-feira (7) a fim de identificar qual a responsabilidade da gestora peruana nas mortes que aconteceram durante os protestos contra seu governo, conforme informações a defesa da presidente neste domingo (5).

A advogada de Boluarte, Kelly Montenegro, afirmou que a presidente está disposta a ajudar nas investigações. “Toda a vontade de querer cooperar com a apuração da verdade e da investigação”, disse ao jornal El Comercio. “Se a Promotoria indicar que o procedimento será presencial, então será presencial”, acrescentou.

A presidente já havia dito na última sexta-feira (3) que estaria “presente, com muito prazer, para responder às perguntas que me fizerem”. A Promotoria peruana iniciou uma investigação contra Boluarte em 10 de janeiro pelos supostos crimes de “genocídio, homicídio qualificado e ferimentos graves” durante as manifestações antigovernamentais de dezembro de 2022 e janeiro de 2023 nas regiões de Apurímac, La Libertad, Puno, Junín, Arequipa e Ayacucho.

Durante a ocasião, os manifestantes exigiam novas eleições e a renúncia da nova presidente, após a prisão de seu antecessor, Pedro Castillo. O chefe de Gabinete, Alberto Otárola (ex-ministro da Defesa), o ex-ministro do Interior, Víctor Rojas, o ministro da Defesa, Jorge Chávez, e o ex-chefe de Gabinete, Pedro Angulo, também estão incluídos na investigação realizada pela procuradora nacional, Patrícia Benavides.