Ministro do STF ordenou operação contra
empresários bolsonaristas em agosto.
Delegados aposentados da Polícia Federal (PF)
acusam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e
também o delegado Fábio Shor, da PF, de supostos “crimes de abuso de
autoridade”. No documento, enviado na última sexta-feira (23), pedindo que a
Procuradoria-Geral da República (PGR), 131 delegados aposentados da PF pedem
que seja aberta uma notícia-crime para investigar Moraes e Shor. Eles
questionam a conduta da dupla na operação realizada em 23 de agosto contra
empresários bolsonaristas, por meio de mandados de busca e apreensão, além do
afastamento telemático dos investigados.
A operação, segundo a notícia-crime, teve como
base um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que o Supremo
abrisse uma investigação por causa de reportagem publicada pelo portal
Metrópoles. A matéria apontava que os empresários teriam defendido
“abertamente” um golpe de Estado, a depender do resultado das eleições, em
grupo de Whatsapp chamado “Whatsapp Empresários & Política”. Segundo os
ex-delegados, os supostos crimes cometidos pelos empresários foram investigados
“ilegalmente”. Eles apontam que Moraes e Shor não cumpriram o “rito do
ordenamento jurídico em vigor”.
Eles alegam ainda que “meras conversas em grupo
privado de Whatsapp não constituem meio de prova criminal”. Os denunciantes
pontuam que a PGR deveria ter sido “ouvida previamente às diligências de busca
e apreensão”. “À vista dos fatos, os requerentes solicitam, em face do ministro
do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e do delegado de Polícia
Federal, Fábio Alvarez Shor, a instauração de procedimento investigativo para
apurar o possível cometimento, em tese, dos crimes de abuso de autoridade”,
solicita a denúncia. Os ex-delegados ainda pedem que a PGR “adote as
providências cabíveis, em face da possível suspeição de Alexandre de Moraes
para o exercício de suas funções na presidência do TSE”.
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