BC perguntou se os analistas consideram em suas
projeções de gasto do governo valores acima do atual.
O Banco Central perguntou no questionário
pré-reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro, se os
analistas consideram em suas projeções de gasto do governo valores acima do
atual teto em 2023 e 2024 e em qual montante. A pergunt, surgiu em meio à
discussão da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, que tem preocupado
o mercado financeiro.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto, tem dito que é necessário esperar o desenho final da medida, mas vem
alertando que tem relação com a “função-reação” da autoridade monetária. No
mercado de juros futuros, já há precificação de alta da Selic devido aos planos
envolvendo a PEC pensada para cumprir as promessas de campanha do governo
eleito. O Copom se reúne nos dias 6 e 7 de dezembro.
Atualmente, o BC mira os anos de 2023 e 2024 em
seu horizonte relevante. No Boletim Focus, as medianas estão em 5,01%, acima do
teto, e 3,50%, maior que o centro da meta (3,00%), respectivamente. No âmbito
fiscal, o BC ainda pede, como de costume, as projeções para o resultado
primário e a dívida pública, além de uma consideração do mercado sobre a
evolução da situação das contas públicas desde o último Copom, levando em conta
o cenário central e os riscos envolvidos.
Relacionado a esse tema, o órgão ainda
questionou as estimativas dos analistas para a taxa de juros neutra e para o
PIB potencial no curto prazo, daqui a dois anos e daqui a cinco anos. Em
relação à inflação, o BC pediu ao mercado uma estimativa do impacto de possível
reversão das desonerações tributárias implementadas sobre combustíveis e outros
itens este ano.
O BC quer saber ainda as projeções de inflação
e de PIB do mercado para o Brasil e para os EUA, a China e a Zona do Euro em
2022 e 2023, assim como os principais riscos a essas expectativas. Para o País,
também há pedido de projeção de IPCA 2024. A autoridade monetária também
perguntou quais são os números para o crédito e o balanço de pagamentos
brasileiro, assim como para a taxa de juros nos EUA.
Com informações do Estadão
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