O governo Jair Bolsonaro (PL) prepara a
inclusão de mais 803,8 mil famílias no Auxílio Brasil a um mês das eleições.
Com isso, o número de domicílios beneficiados deve subir para mais de 21
milhões em setembro. Ampliar o alcance do programa social é uma das apostas do
chefe do Executivo para melhorar seu desempenho eleitoral em um contexto de
inflação elevada e aumento da pobreza e da fome. Bolsonaro aparece em segundo
lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT).
O presidente conseguiu aprovar no Congresso uma elevação do benefício mínimo para R$ 600 até o fim do ano, além de ter obtido espaço para levar o número de famílias contempladas a um patamar recorde. Mesmo assim, o Auxílio Brasil temporário de R$ 600 é visto como abaixo do necessário pela maior parte da população. Segundo pesquisa Datafolha, 56% dos eleitores afirmam que o valor é insuficiente.
A nova rodada de inclusão de famílias não foi explicitada pelo governo quando houve a negociação do espaço adicional no Orçamento com o Congresso Nacional por meio da PEC (proposta de emenda à Constituição) “das bondades”. A proposta atropelou a legislação orçamentária e eleitoral para autorizar um furo no teto de gastos e uma ampliação de despesas sociais em meio à corrida presidencial.
Na época, as projeções iniciais indicavam que o número de atendidos chegaria a 19,8 milhões. Depois, a Caixa informou que a primeira leva de inclusões resultou em um público de 20,2 milhões de famílias contempladas pelo programa um acréscimo de 2 milhões.
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