quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Após congelar novamente preços, Argentina tem inflação de 51,2% em um ano

 


No mês seguinte ao anúncio de um novo congelamento de preços, o índice de preços ao consumidor (IPC) na Argentina registrou um aumento interanual de 51,2% em novembro e 2,5% em comparação com outubro, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

Segundo o instituto, a alta em alimentos e bebidas teve o maior impacto em todos os setores, principalmente na carne e produtos derivados. A evolução mensal dos preços em novembro representa uma desaceleração de um ponto percentual em relação ao bimestre de setembro e outubro, quando foi registrado um aumento de 3,5% ao mês, enquanto a variação interanual dos preços caiu 0,9 ponto percentual em relação aos 52,1% do mês anterior.

O governo da Argentina anunciou em outubro o congelamento de preços de mais de mil produtos, retroativo ao início daquele mês e com vigência até 7 de janeiro de 2022. Esta semana, o governo decidiu suspender a medida e negociar acordos com a iniciativa privada para segurar os preços.

De acordo com o relatório oficial divulgado nesta terça-feira (14), as mercadorias no mês passado tiveram uma variação positiva de 2,5% em comparação com outubro, enquanto os serviços subiram 2,4%, números que somam 53,7% e 44,7%, respectivamente, na comparação ano a ano.

Entre os aumentos registrados em novembro, os mais notáveis foram em restaurantes e hotéis (5%), roupas e calçados (4,1%) e equipamentos domésticos e manutenção (2,7%). Mas é a divisão de alimentos e bebidas não alcoólicas, com um aumento de 2,1% em novembro, que tem o maior impacto sobre o índice geral.

Os segmentos que apresentaram o menor aumento no 11º mês do ano foram a educação e a comunicação, ambos com um aumento de 0,8%. Por região, a maior taxa de inflação mensal de 3% foi registrada no Nordeste, seguida pelos Pampas (centro), com uma taxa de 2,8%.

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