Chorando e visivelmente emocionado, o
governador do Rio de Janeiro afastado, Wilson Witzel (PSC), pediu a palavra
antes de ser interrogado por desembargadores e deputados estaduais no Tribunal
Especial Misto (TEM), na tarde desta quarta-feira (7).
“Não deixei a magistratura para ser ladrão. O que estão fazendo com a minha família, a minha mulher, é cruel”, afirmou, ao abrir seu discurso no processo de impeachment do Tribunal de Justiça do Rio. Witzel se defendeu e alegou que tinha confiança em Edmar Santos, ex-secretário estadual de Saúde e principal delator no esquema de propina do estado do Rio.
“Quem pagou os R$ 8 milhões em propina para o Edmar, que foram encontrados com ele, foi o patrão dele, o Edson Torres (empresário, réu no processo). Na versão do Edmar, eu determinava a OS (Organização Social) X , a OS Y. Ele tinha um patrão que pagou R$ 18 milhões de propina. Ele não devia obediência a mim. Era impossível saber. Só soube depois da investigação da Polícia Federal e da Polícia Civil “, contou.
“Terceiros pediram dinheiro em meu nome. Fizeram duas buscas e apreensões na minha casa e acharam somente bijuterias. O processo de impeachment é doloroso”, seguiu Witzel. A defesa do governador do Rio afastado tentou adiar o julgamento por duas vezes.
Metrópoles
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