Depoimento do General
estava previsto para 5 de outubro, mas foi desmarcado pelo presidente da
comissão.
O presidente da CPMI do 8 de Janeiro no Congresso Nacional, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), desmarcou o depoimento do general Braga Netto previsto para a próxima quinta-feira (5). O militar é uma figura de interesse dos governistas, especialmente após a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid alegar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria se reunido com a cúpula das Forças Armadas para propor uma intervenção militar que impedisse Lula de assumir a Presidência. No lugar do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro, o presidente da comissão marcou a oitiva do primeiro-sargento da Polícia Militar do Distrito Federal Beroaldo José de Freitas Júnior.
Beroaldo foi um dos dois policiais jogados de uma das cúpulas do Congresso e espancados pelos golpistas durante as invasões às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. A decisão de Arthur Maia, conforme o Metrópoles, tem irritado parlamentares da ala do governo, que prometem pressionar o presidente da CPMI para remarcar a oitiva do ex-ministro de Bolsonaro. A tese é que o presidente faltando três sessões para que o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) seja apresentado e a CPMI seja encerrada, no dia 17 de outubro, dificulta o fim da investigação.
A comissão chegou a ensaiar convocar militares envolvidos no suposto plano de Bolsonaro, como o ex-comandante da Marinha Almir Garnier que, segundo o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, Mauro Cid, teria sido o único a ser favorável à intervenção. No entanto, o presidente determinou que somente requerimentos acordados entre oposição e governistas serão pautados. Maia também cancelou o depoimento de Wellington Macedo, preso por tentar explodir uma bomba embaixo de um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal do ano passado.
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