O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, que
se reeleito, vai articular uma mudança nas regras de distribuição de recursos
das emendas de relator-geral (RP-9), que ficaram conhecidas como “orçamento
secreto”. A declaração foi feita nesta segunda-feira (24), em entrevista à
diretora-executiva do site Metrópoles, Lilian Tahan.
“É um desgaste para todo mundo. Quem está
pagando a conta sou eu. Eu não tenho acesso, eu queria ser dono desse orçamento
secreto”, afirmou. “Vamos negociar com o parlamento até que ponto nós podemos
discutir quem vai liberar esses recursos. […] Eu não posso continuar perdendo
poderes no tocante a isso. […] Esse tal orçamento RP-9, que alguns chamam de
secreto, tirou poder de mim”, acrescentou.
O candidato à reeleição também disse que caso a
negociação não seja possível, ele deve vetar o “orçamento secreto” ao sancionar
a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano. “Vamos tentar negociar,
reduzir esse valor, passar uma parte para mim. Se não for possível, eu vou para
o veto. Creio que a derrubada do veto vai ser mais difícil pelo perfil do novo
Parlamento”, declarou.
Bolsonaro ainda declarou não ter nenhuma
responsabilidade com o “orçamento secreto”, “os verdadeiros donos do orçamento
secreto não sou eu. É o parlamento brasileiro”. “Eu pretendo negociar o ano que
vem, se eu for reeleito obviamente, a extinção deste dito orçamento secreto”,
prometeu.
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