quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Bancos querem que prorrogação do Desenrola não passe de março

 


O Ministério da Fazenda anunciou nesta quarta-feira (5) que vai editar uma medida provisória esticando a vigência do programa por mais três meses.

A extensão da vigência do programa de renegociação de dívidas Desenrola é vista como positiva entre executivos do setor bancário. No entanto, o segmento sugere que a ampliação não passe de março. Até o momento, foram renegociados R$ 29 bilhões em dívidas por meio do Desenrola. O Ministério da Fazenda anunciou nesta quarta-feira (5) que vai editar uma medida provisória (MP) esticando a vigência do programa por mais três meses, ele se encerraria no fim deste mês. A segunda fase do programa, voltada à população de baixa renda, não decolou.

Enquanto na primeira fase houve a adesão de quase 10 milhões de pessoas, na segunda, o número de atendidos não passa de 1 milhão. Com o prazo se esgotando, o governo decidiu estender a vigência do Desenrola, mas executivos do setor bancário ouvidos pelo Estadão avaliam que não o programa deve passar de março, sob risco de se criar um desestímulo para que as pessoas paguem as dívidas e tirem o nome do negativo.

Representantes do governo e do setor financeiro se reuniram na semana passada e acertaram algumas modificações, como o rebaixamento dos requisitos para a adesão ao programa. Os bancos sinalizaram que aceitam reduzir a exigência de cadastro de ouro ou prata no gov.br para o perfil bronze, desde que seja para o pagamento à vista das dívidas renegociadas. As instituições alegam que não é possível, com base nos cadastros tipo bronze, abrir uma nova operação de crédito e parcelar as dívidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário