O governo projetou que a capacidade de geração
de energia elétrica aumentará 37% até 2031 e passará dos atuais 200 gigawatts
(GW) para 275 GW. O crescimento considera que as fontes renováveis, como eólica
e solar, ganharão espaço na matriz energética do país, enquanto a hídrica
representará menos de 50%.
Os dados estão presentes do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O documento foi colocado em consulta pública nesta segunda-feira (24).
Um dos destaques é geração distribuída de energia. Nesse modelo, pequenas usinas para geração própria, normalmente solares, são construídas em casa, condomínios e terrenos. Atualmente, essa matriz gera 8 GW e deve chegar a 37 GW até 2031. Se o resultado se confirmar, a geração distribuída representará 14% da capacidade total.
As hidrelétricas, que foram afetadas pela maior seca da história no ano passado, devem registrar queda dos atuais 58% de capacidade instalada para 45%. O governo também estimou um crescimento de de 12 GW da oferta de energia pelas térmicas. Essas usinas são movidas a gás natural, carvão mineral, óleo combustível, diesel e gás industrial. A expectativa é de que esse grupo de usinas some 35 GW em 2031.
O documento também estimou crescimento da transmissão de energia elétrica. A expectativa é que a rede de linhas vai aumentar em 19%, passando a ter uma extensão total de 209 mil quilômetros. Como mostramos, com as termelétricas acionadas e falta de linhas de transmissão, os brasileiros estão consumindo uma energia mais cara. Com isso, as hidrelétricas estão produzindo menos e parte da água armazenada nos reservatórios está sendo desperdiçada.
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