Oposição aponta fraude
no resultado a anunciou o opositor Edmundo González como vencedor
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e outros movimentos e organizações populares no Brasil divulgam nota em apoio a continuidade do governo do ditador Nicolás Maduro e repudiam qualquer tentativa de intervenção estrangeira por meio do que chamam de “desinformação” ou “manipulação” das eleições da Venezuela. A oposição prontamente contestou e afirmou que houve fraude. Líderes internacionais e oposição apontam fraude no resultado e anunciou o opositor Edmundo González como vencedor. O presidente Lula (PT) ainda não se manifestou sobre o pleito.
Em nota conjunta, as entidades dizem que o mandatário enfrentou uma campanha fascista promovida pela extrema direita venezuelana e internacional, “que antes mesmo da votação e dos resultados já bradavam fraude e não respeito aos resultados, a Soberania do Povo Venezuelano e o seu direito ao voto prevaleceram”. Nesse sentido, os movimentos e organizações que subscrevem o texto desejam que a “Venezuela continue seu caminho de ascensão econômica e paz”.
“A democracia com protagonismo popular venceu as eleições presidenciais da Venezuela, que ocorreram neste domingo, 28 de julho. O candidato à reeleição pelo Grande Polo Patriótico, Nicolás Maduro, saiu vitorioso com mais de 51% dos votos, com 80% dos votos contabilizados, derrotando nove candidatos opositores, incluindo a extrema direita, que promove uma campanha de desinformação e ataques ao sistema eleitoral”, afirmam os movimentos na nota.
Leia abaixo a íntegra do texto:
“A democracia com protagonismo popular venceu as eleições presidenciais da Venezuela, que ocorreram neste domingo, 28 de julho. O candidato à reeleição pelo Grande Polo Patriótico, Nicolás Maduro, saiu vitorioso com mais de 51% dos votos, com 80% dos votos contabilizados, derrotando nove candidatos opositores, incluindo a extrema direita, que promove uma campanha de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. Essa eleição é central para a geopolítica, por um lado, por ser uma nação que constrói um processo socialista e aliado dos povos ao redor do globo, por outro lado, por possuir a maior reserva comprovada de petróleo do mundo, o que desperta tentativas de controle e subordinação por parte do imperialismo estadunidense.
Em meio a uma campanha fascista promovida pela extrema direita venezuelana e internacional, que antes mesmo da votação e dos resultados já bradavam fraude e não respeito aos resultados, a Soberania do Povo Venezuelano e o seu direito ao voto prevaleceram. A transparência e o rigor marcaram a jornada eleitoral, que contou com diversas auditorias e mais de 900 observadores e acompanhantes do processo eleitoral de mais de 100 países. Nós, membros de dezenas de organizações sociais, partidos e movimentos populares brasileiros, somos prova da idoneidade e lisura do processo, e viemos a público parabenizar Maduro e o povo venezuelano por sua reeleição.
A maioria decidiu pela continuidade da Revolução Bolivariana, que ainda que em meio a duras sanções e ataques do imperialismo estadunidense e seus associados na mídia, na política e na economia, segue um processo de estabilidade e melhoria das condições de vida. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a Venezuela é a economia que mais vai crescer em 2024, e acumula um aumento do PIB de 7% no primeiro trimestre deste ano, com a menor inflação nos últimos 35 anos. O país tem apostado não só na sua indústria petroleira, mas na diversificação econômica para assegurar que a soberania e a riqueza permaneçam com o povo venezuelano e em seu benefício.
Assim como o povo venezuelano, desejamos que a Venezuela continue seu caminho de ascensão econômica e paz. Repudiamos qualquer tentativa de intervenção estrangeira e desestabilização interna por meio de violência, notícias falsas e manipulação. Respeitamos e defendemos a democracia, a verdade e o povo soberano venezuelano.
28 de julho de 2024
Caracas, Venezuela
Associação Brasileira
de Juristas pela Democracia (ABJD)
Centro Brasileiro de
Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz)
Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Comitê Brasileiro de
Solidariedade com a Venezuela
Confederação Nacional
das Associações de Moradores (CONAM)
Organização
Continental Latino Americana e Caribenha dos Estudantes (OCLAE)
Juventude do Partido
dos Trabalhadores (JPT)
Marcha Mundial de
Mulheres (MMM)
Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Movimento Kizomba
Levante Popular da
Juventude
União da Juventude
Socialista (UJS).”
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