Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (23)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que a
destruição dos postos de trabalho assalariado no primeiro ano da pandemia atingiu
sobre tudo as mulheres. De 2019 para 2020, o número encolheu 1,8% no país — foi
de 46,2 milhões para 45,4 milhões. Ou seja, houve perda de 825,3 mil vagas.
Desses empregos fechados, 593,6 mil eram preenchidos por mulheres. Isso significa que elas responderam por 71,9% dos postos de trabalho assalariado que foram encerrados no ano inicial da pandemia. Com isso, o número de trabalhadoras ocupadas recuou 2,9% de 2019 para 2020, passando de 20,7 milhões para 20,1 milhões. Então, pela primeira vez desde 2009, houve redução na participação feminina entre os assalariados das empresas formais do país: de 44,8% para 44,3%. É a menor porcentagem desde 2016.
Entre os homens, a redução de empregos foi menos intensa: de 0,9%, em 2020. O número de assalariados recuou de 25,5 milhões para 25,3 milhões. Isso significa que os homens perderam 231,7 mil postos, o equivalente a 28,1% de todas as vagas encerradas à época.
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