O requerimento de instalação da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC) obteve, nesta
quinta-feira (23), o número mínimo de assinaturas necessárias para sua
instalação. O último signatário do requerimento é o senador Giordano (MDB-SP). Encabeçada
pelo líder da oposição no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a CPI
do MEC busca investigar supostas fraudes cometidas na pasta durante a gestão do
ex-ministro Milton Ribeiro – preso pela Polícia Federal na última quarta-feira
(22) acusado de tráfico de influência, advocacia administrativa, prevaricação e
corrupção passiva.
O senador tentava, desde março, conseguir as 27 assinaturas mínimas necessárias para que o presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decida sobre a instalação do colegiado. A prisão do ex-ministro deu fôlego à oposição para tirar a CPI do papel. O escândalo do MEC resultou na queda do então ministro Milton Ribeiro. Denúncias apontaram para a existência de um balcão de negócios para a distribuição de recursos para a educação, esquema que seria operado pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura —ambos presos na operação desta quarta-feira.
A crise ganhou novas proporções com a divulgação de um áudio pelo jornal Folha de S Folha, no qual o então ministro afirma que prioriza amigos e indicações do pastor Gilmar Santos, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Ele ainda indica haver uma contrapartida supostamente direcionada à construção de igrejas.
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