O aumento dos preços
das carnes (8,02%) foi o “grande vilão” da inflação em novembro, segundo dados
do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta
sexta-feira (8/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA mostra avanço de 0,39% nos preços do mês passado — o que representa um
recuo de 0,17 ponto percentual em comparação a outubro (0,56%). Com isso, o
Brasil tem inflação acumulada de 4,87% nos últimos 12 meses — 0,37 ponto
percentual acima do teto da meta para 2024. No ano, o IPCA acumulado é de
4,29%.
O resultado da inflação foi puxado principalmente pelo alta no grupo Alimentação e Bebidas (1,55%). Em termos de impacto na inflação geral de novembro, ele exerceu influência de 0,33 ponto percentual no índice geral. “A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, ressaltou o gerente do IPCA, André Almeida.
Alimentação tem carnes mais caras
No grupo Alimentação e bebidas, foram observados aumentos de 8,02% nos preços das carnes em novembro.
O destaque vai para os seguintes cortes:
alcatra (9,31%);
coxão mole (8,57%);
contrafilé (7,83%); e
costela (7,83%).
Segundo o IBGE, os subitens contrafilé, alcatra, refeição, óleo de soja e costela pressionaram para a alta do grupo Alimentação e bebidas, com impacto de 0,03 ponto percentual cada. Também registraram preços mais elevados em novembro o óleo de soja (11,00%) e o café moído (2,33%). Enquanto a manga (-16,26%), a cebola (-6,26%) e o leite longa vida (-1,72%) tiveram queda nos preços.
A alimentação no domicílio passou de 1,22%, em outubro, para 1,81%, em novembro. Enquanto a alimentação fora do domicílio (0,88%) registrou variação superior à do mês anterior (0,65%). O subitem refeição acelerou de 0,53% em outubro para 0,78% em novembro, enquanto o lanche passou de 0,88% em outubro para 1,11% em novembro.
Metrópoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário