O crime organizado
atuante no Brasil teve um faturamento de R$ 146 bilhões em produtos explorados
em 2022. O montante vem da produção de ouro, fabricação de bebidas e produtos
do fumo, extração de minérios de metais preciosos e exploração de combustíveis
e lubrificantes. Os dados pertencem ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública
(FBSP) e foram apresentados nesta sexta-feira (6) ao ministro da Fazenda,
Fernando Haddad (PT). Somente com a exploração de bebidas, foram R$ 56,9
bilhões. Com tabaco e cigarros o faturamento foi de R$ 10,3 bilhões. Ouro R$
18,2 bilhões e combustíveis e lubrificantes renderam ao crime R$ 61,4 bilhões.
Faturamento por
produto:
tabaco e cigarro: R$
10,3 bilhões
ouro: R$ 18,2 bilhões
bebidas: R$ 56,9
bilhões
combustíveis e
lubrificantes: R$ 61,4 bilhões
Segundo o levantamento
do FBSP, a economia de grupos mafiosos operantes no Brasil gira em torno de
controles territoriais, lavagem de dinheiro e bens, monitoramento das prisões,
vigilância da cadeia completa das drogas, desconexão entre inteligência de
segurança pública e inteligência fiscal/financeira e a ampliação de setores
econômicos já explorados. Além disso, entre julho de 2023 a julho de 2024, o
Brasil teve um prejuízo de R$ 22,7 bilhões em roubo/furto de celular, fruto de
ações do crime organizado. Já em golpes virtuais, via Pix, boletos falsos e
fraudes de cartão de crédito, assim como adulteração de maquininhas de cartão,
o rombo ultrapassa os R$ 48 bilhões.
Sobre a atuação do
crime organizado no meio virtual, também entre julho de 2023 a julho de 2024, a
cada uma hora 4.504 foram feitas vítimas de tentativas de golpes por
aplicativos de mensagens ou por ligações no país, sendo elas por
transferências, via Pix ou boletos falsos. Em golpes financeiros por falsas
centrais de seguranças foram cerca de 4.678 vítimas por hora. Ademais, 1.220 a
cada 60 minutos sofreram golpes ou fraudes em algum investimento que realizou
após publicidade em redes sociais ou na internet.
A partir do
levantamento, o Fórum conclui que houve também uma migração do mundo físico
para o híbrido de atividades do crime organizado, agora com forte presença de crimes virtuais de patrimoniais e
facilitados pelos furtos/golpes com celulares. O Primeiro Comando da Capital
(PCC) e o Comando Vermelho (CV) seguem sendo as organizações criminosas mais
presentes e operantes na maioria dos estados brasileiros.
CNN Brasil
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