Com uma das menores
taxas de representatividade feminina no Congresso entre países do G20, o Brasil
também tem deixado mulheres de fora do poder na esfera municipal. Levantamento
feito pelo Jornal O Globo com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
mostra que em 3.555 cidades (63,8% do total do país), apenas homens comandaram
as prefeituras nas últimas duas décadas. Além disso, 27 municípios não elegeram
vereadoras no mesmo período, desde a eleição de 2000.
A lista das localidades sem histórico de prefeitas inclui capitais como o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Velho, Belém e Rio Branco. Em São Paulo, maior cidade do país, a última eleita foi Marta Suplicy (PT), em 2000. Neste ano, seu nome retornará às urnas, mas desta vez na posição de vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL).
Em 2020, data das últimas eleições municipais, 18% das cidades (ou 978 municípios) não elegeram nenhuma mulher para as Câmaras Municipais. O dado consta do estudo “Desigualdades de Gênero e Raça na Política Brasileira”, produzido pelo Instituto Alziras, organização voltada para ampliar a participação de mulheres na política.
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