IBC-Br, o “PIB do
Banco Central”, indicou um crescimento da atividade de 0,6% em janeiro e de
2,47% em 12 meses
Na manhã desta
segunda-feira (18) o Banco Central (BC) divulgou seu índice de atividade
econômica, o IBC-Br, referente a janeiro. Pelas contas do chamado “PIB do BC”,
o Produto Interno Bruto brasileiro cresceu 0,6% no primeiro mês do ano
(resultado dessazonalizado). As informações são da Forbes Brasil.
Apesar de o
crescimento estar abaixo dos 0,82% registrados em dezembro, o número ficou bem
acima da mediana das expectativas do mercado, que era de um avanço de apenas
0,26%. E no acumulado de 12 meses, a variação até janeiro foi de 2,47%. O
IBC-Br é apenas o indicador mais recente que mostra que a economia brasileira
iniciou 2024 mais aquecida do que as expectativas. Três indicadores comprovaram
isso na semana passada.
Na última quinta-feira
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa
Mensal do Comércio (PMC), que analisa a atividade do varejo. O resultado de
janeiro foi um crescimento de 2,5% na comparação com dezembro. Segundo o IBGE,
foi a primeira alta estatisticamente significativa desde setembro de 2023,
quando o crescimento havia sido de 0,8%.
Na sexta-feira (15)
houve dois indicadores. De manhã o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Serviços
(PMS) de janeiro, mostrando um crescimento de 0,7%, acima das expectativas de
0,3%. Na comparação com janeiro de 2023, o crescimento foi de 4,5%. O nível de
atividade do setor está apenas 0,7% abaixo do pico da série histórica,
registrado em dezembro de 2022.
E no início da tarde o
Ministério do Trabalho divulgou o Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados
(Caged), que soma todas as contratações e demissões no mercado formal de
trabalho. Os números vieram muito acima do esperado. A projeção era de que as
contratações de janeiro houvessem superado as demissões em 90 mil. Superaram em
180 mil, o dobro do previsto.
Segundo Enrico
Cozzolino, estrategista da Levante Ideias de Investimentos, tanto os resultados
do comércio quanto os dos serviços em janeiro foram surpreendentes. “Janeiro
tende a ser mais fraco para o varejo, pois as cobranças de impostos como o IPVA
e o IPTU drenam parte da renda das famílias”, disse.
No entanto, o setor
cresceu mesmo assim. E para Cozzolino o mesmo raciocínio vale para os serviços.
“O setor registrou o terceiro resultado positivo consecutivo, e o número veio
acima da mediana das expectativas”, diz. “Os resultados de janeiro estão só um
pouco abaixo dos máximos históricos e mesmo um crescimento modesto em fevereiro
podem trazer novos recordes no comércio e nos serviços.”
No entanto, o PIB é a
soma de todos os bens e serviços produzidos na economia. Em 2023, a estimativa
preliminar do PIB brasileiro é de R$ 10,9 trilhões. Um crescimento de 1,7%
representa mais R$ 185,3 bilhões. Porém, se o crescimento foi 1,9%, será R$ 207,1
bilhões. Na ponta do lápis, mais R$ 21,8 bilhões em circulação na economia,
melhorando os resultados das empresas e a arrecadação do governo.
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