O presidente da Câmara, Arthur Lira, articula projeto que limita a
atuação da Polícia Federal dentro da Câmara.
A proposta que proíbe operações de busca e apreensão no Congresso
Nacional tem dividido opiniões. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), disse que acha “difícil de
avançar”, porque pode contar com vícios de constitucionalidade. O presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), articula projeto que limita a atuação da Polícia
Federal dentro da Câmara. O deputado pediu a líderes partidários que consultem
as respectivas bancadas sobre a viabilidade de matérias que tratam do que os
deputados chamam de “respeito às prerrogativas parlamentares”, numa reação a
operações da PF em gabinetes na Casa.
Pacheco afirmou que a intenção não é razoável. “Não é razoável pensarmos a proibição de medidas cautelares contra qualquer tipo de segmento ou qualquer tipo de nível de autoridade pública”, disse nesta quarta-feira (28).
De acordo com ele, esse tipo de medida deve ter critério e equilíbrio, inclusive sobre a forma que ela pode ser executada num ambiente como o Parlamento e quem pode decidir sobre isso. Mas, disse, investigadores têm o direito de coletar provas. “Busca e apreensão é um instituto do processo penal que se aplica a todo cidadão brasileiro investigado por algum tipo de prática ilícita independente da posição que ele ostente”, declarou.
Desde o fim do ano passado, há queixas entre parlamentares de que o STF (Supremo Tribunal Federal) estaria ultrapassando limites e desrespeitando a autonomia dos Poderes. As críticas aumentaram após operações da PF mirarem nomes como os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), em janeiro.
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