Na semana passada, em
uma audiência diante do tribunal federal em que seu processo corre, ele se
declarou inocente.
A cassação do mandato de George Santos, deputado republicano filho de brasileiros, foi rejeitada pela Câmara dos Deputados dos EUA, nesta quarta (1). O placar foi de 213 votos contrários e 179 favoráveis à perda de mandato. As acusações criminais contra Santos vão de fraude e lavagem de dinheiro a conspiração para cometer crimes contra os EUA e roubo de identidade. Na semana passada, em uma audiência diante do tribunal federal em que seu processo corre, ele se declarou inocente.
O pedido foi apresentado pelos colegas de bancada de Santos de Nova York, citando as 23 acusações criminais apresentadas contra o político e as inconsistências em sua biografia. Prevaleceu, porém, a posição de que a Câmara deve esperar o avanço das investigações do Comitê de Ética e seu julgamento pela Justiça antes de analisar uma expulsão.
No cálculo político, pesou também a vantagem apertada de republicanos na Casa, de apenas nove votos que cairia para oito com a cassação de Santos e o risco de perder o distrito representado por ele para um adversário democrata. A última vez que um deputado foi expulso ocorreu em 2002, quando o democrata James A. Traficant perdeu seu mandato. Em toda a história, apenas cinco deputados sofreram essa punição. Para expulsar um membro, dois terços dos deputados presentes e votantes devem apoiar a medida.
O presidente da Câmara, Mark Johnson, estava entre os que se opuseram à ação, defendendo que uma análise deve ser feita apenas após uma sentença. O julgamento de Santos está marcado para setembro do ano que vem. Ao se defender, Santos argumentou que os colegas deveriam esperar o término de seu processo na Justiça, e que lutaria “com unhas e dentes” para limpar seu nome “diante do mundo”. Já o republicano Anthony D’Esposito, um dos autores do pedido, afirmou que “o sr. Santos é uma mancha nessa instituição e não é apto para representar sua base na Câmara dos Deputados”.
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