Dos 98
parlamentares da sigla, 12 integrantes
do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) votaram a favor da proposta.
O PL marcou posição contrária à taxação dos “super-ricos”, aprovada nesta quarta-feira com 323 votos no plenário da Câmara dos Deputados. Dos 98 parlamentares da sigla, 12 integrantes do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) votaram a favor da proposta tida como essencial para a agenda econômica de Lula (PT). O texto agora segue para o Senado Federal.
O aceno por parte da sigla ocorreu por parte de nomes distantes do núcleo duro bolsonarista, que já votaram com o governo em outras ocasiões. São eles Daniel Agrobom (GO), Ícaro de Valmir (SE), Jorge Goetten (SC), João Maia (RN), João Carlos Bacelar (BA), Luciano Vieira (RJ), Junior Lourenço (MA), Matheus Noronha (CE), Rosângela Reis (MG), Samuel Viana (MG), Robinson Faria(RN) e Tiririca (SP).
Dessa listagem, Junior Lourenço, Bacelar e Matheus Noronha chegaram a ser punidos pelo partido por terem votado a favor da reestruturação ministerial. Na ocasião, o PL suspendeu por três meses a participação de outros oito deputados em comissões na Câmara. Os demais punidos recuaram desta vez: três se abstiveram e dois, Pastor Gil e Vinicius Gurgel, votaram pela reprovação.
Veterano, o humorista Tiririca nunca se engajou na pauta oposicionista. Na reforma tributária, por exemplo, ele já havia descumprido um pedido pessoal de Bolsonaro. Esta é a mesma realidade de Rosângela Reis. Apesar de ser próxima de Michelle Bolsonaro, a parlamentar tem votado com o governo em matérias econômicas. Desde maio deste ano, ela é a segunda vice-presidente do PL Mulher, uma escolha pessoal da ex-primeira-dama, que lidera a ala feminina da sigla.
Assim como o PL, outros partidos da oposição votaram a favor da proposta. De modo geral, 38 parlamentares que integram esses quadros votaram com o governo, enquanto 18 se abstiveram na proposta que atende os interesses do presidente.
Entenda a taxação dos “super-ricos” – A tributação dos chamados fundos exclusivos, que possuem poucos cotistas, é tida como parte essencial da agenda econômica. O projeto em questão enfrentou semanas de negociação e só foi pautado após o Planalto ter atender os interesses do Centrão: nesta quarta-feira, a presidente da Caixa, Rita Serrano foi demitida para dar lugar ao aliado do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), Carlos Antônio Vieira Fernandes.
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