Maílson da Nóbrega no
entanto, afirma que o trabalho do petista é positivo.
O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega atribuiu a queda da popularidade de Fernando Haddad no mercado à insistência do chefe da equipe econômica em estabelecer o déficit zero para o orçamento de 2024. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles. Uma pesquisa da Genial/Quaest com o mercado financeiro, divulgada no último dia 19, mostrou que a avaliação positiva de Haddad caiu de 65% para 46%. O índice de entrevistados que não confiam no trabalho do ministro da Fazenda subiu de 40% para 48%. As medições anteriores foram feitas em julho.
“Essa queda de confiança está associada à questão fiscal. É uma percepção de que o governo foi muito otimista nas suas projeções e que dificilmente conseguirá o déficit zero. Isso é unanimidade hoje. Não conheço nenhum analista que aposte no déficit zero”, disse Nóbrega que chefiou a Fazenda durante o governo de José Sarney.
O ex-ministro, no entanto, afirmou à publicação que o trabalho de Haddad é positivo e que o titular da Fazenda faz boa gestão. “O início do governo foi muito ruim. Os discursos do Lula produziram resultados negativos durante três meses. O Haddad conseguiu reverter isso. Ele foi o fiador do governo e exerceu um trabalho de convencimento para o Lula voltar atrás no que estava falando. Nenhuma das ideias do Lula emplacou”, disse Nóbrega.
“Isso teve um efeito adicional. Criou-se um entendimento de que o Lula fala para um público que não é relevante para o mercado quando critica as políticas econômicas do passado e do presente ou quando defende as ideias equivocadas do PT. Hoje, o Lula pode falar o que quiser sobre a política econômica, porque o mercado não presta mais atenção. E o Haddad teve um crédito de confiança merecido”, acrescentou o ex-ministro.
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