Segundo Nísia Trindade, o ministério deve facilitar especializações e conceder bônus para tentar resolver a questão.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que a maior dificuldade do programa Mais Médicos é a retenção dos profissionais. O programa foi relançado na segunda-feira (20) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prometeu priorizar médicos brasileiros. Segundo ela, o ministério deve facilitar especializações e conceder bônus para tentar resolver a questão. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta terça-feira (21).
“Na pesquisa que foi feita no Ministério da Saúde avaliando o programa Mais Médicos ao longo desses 10 anos [desde a criação], o que se vê é que uma das principais razões de não fixação é o médico querer ter alternativas para sua qualificação, para sua formação”, disse a ministra. Segundo a ministra da Saúde, é importante estabelecer bônus por tempo de permanência para atrair profissionais e assegurar que eles continuem no programa. Ela citou ainda a ampliação do leque de especializações abrangidas.
“O que nós vimos é que nós não tínhamos outras possibilidades de formação além da especialização específica em medicina de família e comunidade”, falou. “Agora, nós podemos ampliar esse leque de especialização porque, na atenção primária, outros especialistas são importantes, como [os de] pediatria, ginecologia e obstetrícia, então há uma ampliação nessa compreensão da especialização.”
Nísia também falou que um dos pontos importantes para essa retenção é o programa oferecer a possibilidade de realizar mestrados, cursos e especializações. “Os médicos participantes do programa poderão ter uma pontuação adicional de 10% na seleção de programas de residência”, disse a ministra. “Temos, depois de um longo tempo sem um edital mais robusto de residência, a oferta de cerca de 800 vagas de residência médica”, continuou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário