Uma arrancada do dólar foi registrada nas
últimas horas desta terça-feira (11). Em alta moderada desde a manhã e já acima
da linha de R$ 5,20, em meio a típicos ajustes defensivos em véspera de
feriado, a moeda renovou sucessivas máximas à tarde e chegou a ser negociada
pontualmente acima de R$ 5,28. No fim do dia, o dólar subia 1,57%, cotado a R$
5,2722 – maior valor fechamento em outubro.
No exterior, a corrida para a moeda americana foi evidente. Termômetro do comportamento do dólar frente uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY não apenas zerou as perdas como passou a trabalhar em terreno positivo, acima do nível de 113,200 pontos, em especial por causa da fraqueza da libra. O euro, que ganhava força, passou a operar entre leve baixa e estabilidade.
Em evento do Instituto de Finanças Internacionais (IFF, na sigla em inglês), o presidente do BoE, Andrew Bailey, reafirmou que a duração do programa de compra de gilts – que foi vital para estabilizar os mercados e interromper a queda livre da libra na esteira do anúncio de planos para redução de impostos no Reino Unido – vai somente até sexta-feira, 14. Bayley mandou um recado duro aos fundos de pensão, ao dizer que o BoE abriu uma “janela de oportunidade” para que eles reequilibrem suas carteiras. “Vocês têm três dias para resolver isso”, disse.
O real, que já vinha em rota descendente, apresentou as maiores perdas entre divisas emergentes. Segundo operadores, após o rali da semana passada, quando teve desempenho bem superior em relação a seus pares, a moeda brasileira sofreu nesta terça com movimento de realização de lucros e ajuste defensivos típicos de véspera de feriado.
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