quarta-feira, 28 de setembro de 2022

CNC: confiança do comércio varejista recua mais de 2% de agosto para setembro

 


O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 2,6% de agosto para setembro, chegando aos 125,5 pontos, conforme divulgou nesta terça-feira (27) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O resultado está 2,7 pontos abaixo do patamar registrado antes da pandemia da covid-19. Ante setembro do ano passado, no entanto, a confiança dos varejistas subiu 5,2%, refletindo, principalmente, a retomada da circulação dos consumidores. As informações são Agência Brasil.

 

Para a economista Izis Ferreira, da CNC, afirmou que a avaliação das condições atuais do empresário do comércio, com queda de 7,1%, contribuiu para a queda da confiança do comerciante em setembro, influenciada pela piora na percepção sobre o desempenho do setor, de redução de 8,1%. Segundo o economista, as últimas leituras da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicaram queda no volume transacionado de mercadorias, “e isso tem levado a uma piora na avaliação dos comerciantes em relação ao desempenho atual do setor do comércio”.

 

Ferreira disse também que as expectativas gerais para o curto prazo tiveram ligeira queda na passagem mensal, recuo de 0,2%. As expectativas para o setor, em setembro, caíram 0,5%. Para a própria empresa, as expectativas mostraram redução de 0,6%. No entanto, ante o desempenho da economia nos próximos meses, o Icec mostrou que os comerciantes estão um pouco mais otimistas (0,4%). Para isso, contribuíram a geração de vagas no mercado de trabalho, a inflação mais contida e a turbinada nos programas de transferência de renda. “A expectativa, então, é que a atividade econômica no Brasil cresça este ano acima do esperado”, disse Izis.

 

Ainda sobre às expectativas, a economista da CNC observou que na comparação com os meses de setembro anteriores, principalmente em anos de eleições gerais, o nível atual das expectativas é maior. “Isso mostra que por mais que tenhamos riscos e incertezas associados ao momento que estamos vivendo, eles não foram suficientes para diminuir as expectativas abaixo do nível de meses anteriores”. Izis ressalta que, na última década, apenas em setembro de 2019 as perspectivas para o curto prazo superaram o nível atual.

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