O Índice de Confiança do Empresário do Comércio
(Icec) recuou 2,6% de agosto para setembro, chegando aos 125,5 pontos, conforme
divulgou nesta terça-feira (27) a Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC). O resultado está 2,7 pontos abaixo do patamar
registrado antes da pandemia da covid-19. Ante setembro do ano passado, no
entanto, a confiança dos varejistas subiu 5,2%, refletindo, principalmente, a
retomada da circulação dos consumidores. As informações são Agência Brasil.
Para a economista Izis Ferreira, da CNC,
afirmou que a avaliação das condições atuais do empresário do comércio, com
queda de 7,1%, contribuiu para a queda da confiança do comerciante em setembro,
influenciada pela piora na percepção sobre o desempenho do setor, de redução de
8,1%. Segundo o economista, as últimas leituras da Pesquisa Mensal do Comércio
(PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicaram queda
no volume transacionado de mercadorias, “e isso tem levado a uma piora na
avaliação dos comerciantes em relação ao desempenho atual do setor do
comércio”.
Ferreira disse também que as expectativas
gerais para o curto prazo tiveram ligeira queda na passagem mensal, recuo de
0,2%. As expectativas para o setor, em setembro, caíram 0,5%. Para a própria
empresa, as expectativas mostraram redução de 0,6%. No entanto, ante o
desempenho da economia nos próximos meses, o Icec mostrou que os comerciantes
estão um pouco mais otimistas (0,4%). Para isso, contribuíram a geração de
vagas no mercado de trabalho, a inflação mais contida e a turbinada nos
programas de transferência de renda. “A expectativa, então, é que a atividade
econômica no Brasil cresça este ano acima do esperado”, disse Izis.
Ainda sobre às expectativas, a economista da
CNC observou que na comparação com os meses de setembro anteriores,
principalmente em anos de eleições gerais, o nível atual das expectativas é
maior. “Isso mostra que por mais que tenhamos riscos e incertezas associados ao
momento que estamos vivendo, eles não foram suficientes para diminuir as
expectativas abaixo do nível de meses anteriores”. Izis ressalta que, na última
década, apenas em setembro de 2019 as perspectivas para o curto prazo superaram
o nível atual.
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